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AÇÃO DO HOMEM DE BEM
O homem de bem a que aqui nos referimos é aquele que já se encontra
moralizado, pelo domínio do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Essa
criatura tem força sobre os Espíritos ignorantes e basta a sua presença
para eles se afastarem. O ambiente puro os constrange, impacienta, e eles
o abandonam, quando este se encontra carregado de fluidos elevados.
Quando uma alma vai conversar com um Espírito que esteja influenciando
alguma pessoa, e essa alma não reúne condições morais para tal
empreendimento, ele não a respeita, e passam a discutir e até mesmo a
trocar impropérios. A força moral é tudo no aprendizado, bem como para
afastar as más entidades que perturbam o ambiente familiar e as pessoas.
Mas, para ficar livre de entidades malfazejas definitivamente, o homem
deve se moralizar, empenhar-se para reformular idéias, consertar
pensamentos e mudar de vida. Mudando interiormente a lei se encarrega das
mudanças externas. A obsessão, que chega por descuido à possessão, pode
entrar sem que a criatura o perceba de modo mais claro. A sutileza é muito
grande e é preciso muita sensibilidade do encarnado, para percebê-la,
porque entre nossos pensamentos existem intervalos, pequenos que sejam,
mas, que permitem a intromissão dos pensamentos estranhos.
Pode ser pelas idéias estranhas que os nossos pensamentos sejam mudados;
assim, não devemos aceitar os enxertos fascinadores carregados de paixões
inferiores. O raciocínio, neste caso, deve ser puro, para a devida seleção
de valores.
O que ocorre no mundo dos encarnados pode se passar no mundo dos
Espíritos. Estes, quando inferiores, subjugam Espíritos ignorantes, assim
como Espíritos iluminados ajudam os sofredores pelos mesmos processos. É a
mediunidade agindo em toda parte, precisando ser moralizada, educada nos
planos de Jesus. No caso do orientador sem a devida moral evangélica,
quando passa a falar com Espíritos, no sentido de afastá-los de
determinadas pessoas que estes perseguem, os Espíritos inferiores não o
respeitam, nem atendem à sua argumentação e, por vezes os benfeitores não
atendem a seus chamados, por não estarem devidamente seguros no que falam,
por não viverem o que ensinam. Neste caso, a moral elevada é força da alma
para a paz onde quer que seja.
O homem de bem é uma luz onde estiver, transmitindo paz para onde entender
e mostrando para os que o cercam o amor a se irradiar do seu sensível
coração. Todas as organizações espíritas haverão de mostrar,
primeiramente, pelo exemplo dos seus dirigentes, o que é vida reta, e os
que ouvem os conselhos se interessarão pela prática dos ensinamentos do
Cristo. Desta forma, os Espíritos inferiores que desejam melhorar,
assimilam os conceitos valiosos de Jesus, e os que não se interessam se
retiram, procurando outro ambiente que lhes sirva de campo para as suas
inferioridades morais.
A vida é sintonia; somente colhemos o que plantamos, em pensamentos,
palavras e atos. Orar e vigiar, novamente entra em pauta, porque a
fascinação pode dominar com muita facilidade as pessoas. Pode o encarnado
sugerir pensamentos inferiores e estes serem absorvidos como sendo seus, e
essa sugestão pode ser diária, até chegar mesmo à possessão.
A Doutrina dos Espíritos é campo de informações seguras de como livrar-se
das más influências de Espíritos enganadores. Compete a nós outros um
trabalho de seleção daquilo que vem à nossa mente. A Terra já é ambiente
propenso à inferioridade e sofremos influência ainda maior quando atraímos
para junto de nós, Espíritos voltados para o mal.
Jesus é a segurança. Abre os braços em busca do Mestre, que Ele já abriu o
coração para toda a humanidade.
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