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CONVULSIONÁRIOS
Os convulsionários na Doutrina dos Espíritos são os médiuns de hoje, e
eles devem se educar em todos os sentidos para ajudar na divulgação do
Evangelho de Jesus, porque, desta forma, se faz luz para iluminar todos os
caminhos das trevas. Agindo assim, estarão como cooperadores da grande
obra de Deus, de estender o amor onde quer que seja.
É de se notar que a faculdade é uma só no seu interesse pela luz, no
desabrochar da alma para a libertação espiritual; no entanto, ela se
divide em muitas outras para dar a expressão de recursos inúmeros no
conhecimento e na aquisição do amor. São oportunidades para a iluminação
da alma, porém, muitos companheiros, em se lhes faltando o discernimento,
trilham guiados por sua vontade ou dirigindo-se a outros caminhos errados.
Os chamados convulsionários formam uma dessas divisões das faculdades
espirituais, seja a convulsão espontânea ou provocada, sem deixar faltar o
agente comum que é o magnetismo, que obedece à força mental, acompanhando
os caminhos traçados pela vontade. Ele recebe o comando da alma encarnada
ou desencarnada e obedece. Os que abusam dos chamados convulsionários,
usando dos fenômenos que resultam desta faculdade, respondem por seus
efeitos. Todos os convulsionários, quando orientados por pessoas
ignorantes, acabam caindo no ridículo e sendo por elas abandonados.
O hipnotizador procura sensitivos para fazer espetáculos públicos, usa-os
à sua maneira, mostrando seus poderes, e desaparece como apareceu,
deixando seus tutelados com o sistema nervoso abalado, sujeito a novos
desequilíbrios. O magnetismo, o hipnotismo, as sugestões, e outras
manifestações similares representam força virgem sem inteligência, que
obedece cegamente às inteligências que queiram usá-las. Jesus deu a maior
mostra de como ser útil, usando as forças espirituais para curar, sem
especular, para consolar sem estipular preços, para levantar caídos sem
exigências, para instruir, amando aos sofredores. E a Doutrina dos
Espíritos reforça e mostra as finalidades, e como devemos orientar essas
forças da natureza, provando, assim, a bondade de Deus e a sua
misericórdia em favor dos homens.
Se sabes alguma coisa sobre a força magnética, procura usá-la no serviço
da caridade. Mesmo conversando com o teu irmão, podes usar o magnetismo
impregnando nele teus sentimentos de amor e caridade, de saúde e de paz
espiritual. O ser humano, mais propriamente, o Espírito, é um gerador
magnético; por onde passa, deixa o rastro dos seus fluidos, queira ou não,
como mensagem sua na palavra e nos gestos. Ele serve de instrumento tanto
para a luz, como para as trevas, dependendo da sua educação espiritual. O
magnetismo se faz semente em tuas mãos. Procura usá-lo nas linhas do amor,
que a correspondência se fará presente, devolvendo o mesmo amor para o teu
coração. Mas, se o usas para o mal, já sabes o tipo de Espírito que pode
te ajudar, não precisa comentários; se para o bem, a ação já indica
Espíritos benfeitores.
Antes de entrar nesse campo de operações, não te esqueças de ti mesmo, do
teu preparo na arte de lidar com as forças sutis da natureza. Elas tanto
te elevam, quanto podem te atirar a um fosso de erros. Procura estudar os
grandes pesquisadores e a orientação de Jesus, para que possas ser feliz,
abrindo caminhos para a felicidade alheia.
Toda ordem de fenômenos é perigosa, principalmente quando os orientadores
procuram se satisfazer a si mesmo, obtendo vantagens pessoais. O
charlatão, mesmo que pareça bem posto na sociedade, mesmo que se encontre
aparentemente feliz em família, mesmo que nos pareça cheio de
tranqüilidade, não acredites nele, pois é como o edifício que se eleva sem
alicerces, e quando tem algumas bases, elas estão sobre a areia: a
qualquer ventania provocada pelos desmascaradores, desmoronam
repentinamente.
Somente persistem aqueles que fazem tudo por amor, desejando somente a paz
das criaturas, amando-as como a si mesmos. Estes ficarão de pé, mesmo que
se encontrem em simples residência, e sem nenhuma expressão política ou
financeira, mas se encontram apoiados pela verdade, honestidade e amor.
Os convulsionários devem despertar para o Cristo de Deus, de modo que a
vida reta possa substituir o gazofilácio dos interesses pessoais e
financeiros.
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