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NÃO EXISTE ABANDONO
Na grande lei de amor universal não existe abandono; Deus é Onisciente e
sabe antecipadamente tudo que pode acontecer e tudo fez e faz dentro desse
conhecimento. Tudo se encontra em um processo de despertamento espiritual,
no trabalho sagrado de elevar as criaturas para a vida maior, de onde
vieram.
Os bons Espíritos nunca fazem mal a ninguém, por vivenciarem o amor, e já
terem aprendido, nas caminhadas percorridas, que somente o amor salva e
traz felicidade. Deus, o Supremo Criador de todas as coisas, não abandona
Seus filhos, e a prova mais evidente deste fato se encontra nos
sentimentos dos pais na Terra, principalmente nas mães. Quando alguma
abandona seu filho, é porque está doente, carecendo de ser amada
igualmente.
O amor é força que unifica. Os sofrimentos não são tão maus como se
costuma dizer. Se Deus permite que haja sofrimento, é porque ele tem algum
valor no despertamento das criaturas. São processos por que todos passam,
e é por isso que os benfeitores têm muita paciência com os seus tutelados;
eles já passaram pelos mesmos caminhos. Qual o Espírito que cumpriu sua
jornada desde o seu primitivismo até o reino angélico, cumprindo retamente
todas as leis da vida? Se todos temos os mesmos direitos e deveres, se
somos filhos de Deus, criados iguais, o processo é o mesmo para todas as
criaturas.
Sofrimentos de todos os tipos, aos olhos do Mais Alto, são meios, escolas
que nos levam à felicidade, desde quando eles venham a nós na naturalidade
da lei, e não na inventiva dos homens para andarem mais depressa na escala
da vida espiritual.
Não existe abandono para qualquer pessoa e para nada que existe no
universo; a proteção se encontra lado a lado para tudo e para todos, desde
o vírus até o mundo angélico. Essa, para Deus, é a lei maior do amor.
Quem compreende o que é a vida não busca sofrimento, mas tira dele, quando
vem ao seu encontro, mais vida, mais conhecimento e até mais amor a todas
as criaturas.
Quando o tutelado é rebelde, o seu protetor silencia um pouco, e os
Espíritos inferiores o atendem de acordo com os seus sentimentos, e é por
intermédio dessa baixa vibração espiritual que os sentimentos se unem na
procura dos iguais. Logo que o encarnado volta a ter saudade da luz e a
sua consciência a faz procurar, eis que o anjo guardião bate à porta do
seu coração e é atendido pela necessidade de paz, aquela paz que Jesus
ensinou que o mundo não nos pode dar.
Tornamos a dizer que não deves abandonar os conselhos que vêm pelos fios
dos pensamentos; ora em busca do teu anjo da guarda que ele te atenderá
com todo o carinho, na manifestação do amor que tem com abundância.
Notamos, todos os dias, grandes Espíritos desenvolvendo muito esforço para
se comunicarem com os seus tutelados, a fim de lhes mostrarem caminhos que
os levem à paz de consciência. E quanto mais se esforçam, mais a sua luz
aumenta, mais adquirem experiência junto aos homens, sendo que algum dia
pertenceu também a essa raça.
Tem essa esperança no coração e alimenta-a para sempre: não existe
abandono; mas, esforça-te para adquirir as companhias mais convenientes.
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