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SIMPATIA E MISSÃO
Nem sempre os Espíritos que simpatizam conosco são missionários ou
encarregados de nos dirigir no grande evento de educar-nos, ante a
necessidade que temos de subir na escada da vida. Espírito missionário é o
nosso protetor, alma elevada que renunciou ao seu bem-estar no mundo dos
Espíritos para nos acompanhar, procurando oportunidades para nos
aconselhar, fazendo com que despertemos para o bem comum e para
conhecermos a nós mesmos.
A simpatia vem da força de atração que exercemos sobre os nossos
semelhantes, em consonância com os nossos sentimentos. Convém a todos nós
compreendermos a lei segundo a qual atraímos os nossos iguais.
Identificamo-nos com muitos companheiros pelos pensamentos e atitudes. Os
que nos cercam trazem no íntimo a mesma vida que levamos. Freqüentemente é
assim. Quando escapamos desta lei, é por força da misericórdia, é o amor
de Jesus se irradiando nas ondas da fraternidade para nos ajudar, abrindo
os canais desta lei até ao "calvário", para suavizar o nosso fardo, e
aliviar os nossos jugos. Simpatia é força poderosa que alinha as nossas
vidas no conserto de muitas vidas, para que Deus apareça nos nossos
corações e Cristo fique presente em nossa consciência.
Os Espíritos a quem somos simpáticos podem ser bons ou maus, dependendo do
que sentimos pela vida, pelo modo que vivemos, pela altura das nossas
atividades. Devemos mudar o nosso caráter, se ele não se coaduna com o
Evangelho. O Cristo de Deus, vestindo a roupagem de Jesus, veio ao mundo
nos trazer os conceitos que nos ajudam a salvar a nós mesmos, ampliando os
nossos conhecimentos e favorecendo oportunidades para o auto-conhecimento.
Os Espíritos, a não ser o nosso anjo guardião, são atraídos por nós pela
identidade de nossas ações, porém, em todo caso existe exceção, porque
Deus é amor, e nessa bondade do Senhor aparecer-nos-ão as luzes celestiais
como aparadoras, como professoras que nunca esmorecem na nossa educação
espiritual. O amor perfeito simpatiza com todos os movimentos de educação.
"O amor", diz Pedro em sua Primeira Epístola, "cobre a multidão de
pecados", e é esse amor que devemos procurar sentir em todas as nossas
atividades, para que a vida cresça em nossos corações, revelando Deus na
nossa consciência.
Compete a nós trabalharmos com nós mesmos todos os dias, incansavelmente,
até que a luz nasça, a nos indicar o roteiro da felicidade. Não obstante,
o nosso dever é ter vida reta, para atrairmos Espíritos das mesmas
intenções. Nesse labor divino, a Divindade aparecerá nos céus da nossa
consciência a nos dizer: “- A paz seja convosco. A minha paz vô-la dou,
não como o mundo a dá.”
Começa a pensar no amor, começa a viver a caridade, começa a perdoar,
mesmo que sejam mínimas as ofensas, começa a ser e a sentir a bondade que,
nesse exercício, tudo passará a mudar no eu mundo íntimo, e o conhecimento
da vida espiritual, surgirá no teu caminho, em crescimento proporcional ao
avanço do progresso.
Esforcemo-nos para simpatizarmos com o bem, que esse bem, em forma de
amor, se encontra sempre ligado com as nossas vidas, na vida de Cristo.
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