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BÊNÇÃOS E MALDIÇÕES
O responsável por tudo e por todos os acontecimentos são os pensamentos.
Tanto as bênçãos como as maldições são forças mentais que se concentram na
mente pelas forças dos sentimentos e são emitidos em direção àqueles que
propomos ser o alvo das nossas intenções.
Tanto uma quanto a outra somente se acoplam na criatura visada se Deus o
permitir. Se desejamos o bem a certa criatura e ela não merece esse bem,
as forças por nós endereçadas se desviam do seu caminho e serão
direcionadas para onde encontrem sintonia. Assim, igualmente sucede com o
mal: se o desejas a certa criatura, e ela não merece esse mal, se não tem
de passar por essa prova, esse mal é desviado para os lugares que lhe cabe
atingir. Tanto as vibrações do mal quanto do bem, voltam sempre para onde
foram geradas, beneficiando sua fonte ou a prejudicando.
O homem deve esquecer as maldições, atos nascidos em mentes enfermiças,
que causam mais perturbações em quem as deseja. Quem conhece Jesus,
desconhece a desarmonia, trabalha sempre gerando bênçãos, com os
pensamentos, palavras e obras, integrando-se cada vez mais na fraternidade
coletiva, onde respira a paz para o seu próprio coração. O amor constitui
uma fonte de felicidade mostrada por Jesus, a água da vida maior.
Escutemos o que diz o Mestre à mulher de Samaria:
Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede,
pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a
vida eterna. (João, 4:14)
Eis aí a força das bênçãos de Jesus para as criaturas. O Mestre não perdeu
tempo, nem para pensar no mal, pois só fazia o bem. A Doutrina dos
Espíritos veio reafirmar os ensinamentos de Jesus, de se fazer o bem em
todas as direções que puder alcançar, a todas as criaturas. Se algumas
delas não merecem esse bem, ele não se perde, procurando pessoas que estão
em condição de recebê-lo, confortando seu coração. O nosso leitor deve
saber o que se chama bênção e maldição: as bênçãos, para nós outros, é
todo o bem que podemos fazer em benefício dos que padecem, e as maldições
são os nossos atos injustos. Onde quer que estejamos, responderemos pelos
nossos feitos. Esta é a lei de justiça que se irradia em todo o universo.
Outrossim, o bem que praticamos, será o nosso escudo em todas as nossas
lutas. Levanta-te do teu leito abençoando a vida pela oração, que essa
bênção confortar-te-á os caminhos.
É bom nos certificarmos de que os maus são sempre amaldiçoados por si
mesmos, enquanto os bons são abençoados pela vida no bem. O espírita deve
cada vez mais confiar em Deus e na Sua justiça, entregando-se ao serviço
da caridade, que salva a todos os seus praticantes, quando o amor serve de
veículo para a sua ação benfeitora.
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