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LEI NATURAL
A resposta do benfeitor espiritual à pergunta focalizada esclarece:
A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do
homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz
quando dela se afasta.
O sofrimento da humanidade é, pois, o afastamento da lei de Deus. O homem
a conhece mais pela intuição, dependendo dos seus sentimentos.
Quando Jesus disse: "batei e abrir-se-vos-á", mostrou-nos os caminhos para
o conhecimento de todas as leis da criação. Bater às portas espirituais é
buscar com interesse de aprender, é aplicar o esforço próprio todos os
dias, é orar e vigiar. As intenções muito valem no aprendizado de cada
criatura de Deus.
Podemos voltar ao assunto anterior, no que se refere a fazer a vontade de
Deus e a Sua justiça, que o mais virá por acréscimo de misericórdia. Se
queres compreender a vontade de Deus, analisa pacientemente seus feitos
extraordinários, medita na criação, na vida que circula no universo, na
inteligência que modela todas as formas e na expressão de vida que existe
em tudo. Basta conhecer-se a si mesmo, para não negar a Força Soberana que
nos dirige e protege.
Quando Jesus se referiu à natureza, focalizando as flores, como no caso
dos lírios dos campos, disse Ele com o esplendor de Sua inteligência:
Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se
vestiu como qualquer deles. (Mateus, 6:29)
A inteligência humana perde para a lei da natureza e, neste caso, no
processamento das roupas naturais das flores, vemos que nem o rei, que se
vestia com apuro, com linho e ouro dos mais requintados, onde mãos hábeis
trabalhavam com perfeição, se vestia como uma simples flor, trabalhada
pela natureza, no silêncio da sua expressão. As flores são como beijos das
árvores, em gratidão ao Seu criador.
A lei natural se divide ao infinito e nos mostra toda a vida envolvida no
amor, que é a fonte de toda beleza. Jesus nos pede para que vigiemos e
oremos, no sentido de que, nesse clima, nos encontraremos frente a frente
com as leis naturais que nos protegem, como sendo as próprias mãos de Deus
estendidas para as criaturas.
A humanidade tem de se voltar para a natureza: ela é mãe bondosa e santa,
que sabe preparar o alimento em todas as faixas da vida, para as vidas dos
Espíritos, em todas as escalas a que pertencem.
A harmonia na mente é lei natural, de onde vertem todas as qualidades.
A desarmonia altera todas as qualidades nobres das criaturas, logo, é
anti-natural.
As palavras bem postas nos lábios, pronunciadas na ordem do amor, nos
trazem um bem-estar indizível.
O verbo desorientado perturba o ambiente em que vivemos, e estraga muitas
possibilidades de quem deseja viver bem.
O amor, na sua estrutura espiritual, ensinado por Jesus, é fonte de
felicidade.
O ódio, inversão do amor, desespera quem o provoca, dando a entender que,
por onde ele passa, somente deixa morte.
Se procurarmos as leis naturais que moralizam, passaremos a viver bem em
todas as seqüências de vida; se as esquecermos, seremos infelizes,
conforme afirma o benfeitor espiritual: só é infeliz quando dela se
afasta.
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