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INFLUÊNCIA DO MEIO
Primeiramente é necessário saber que o ambiente negativo, em qualquer
lugar na Terra, é criado pelos homens, e nada mais. Onde se reúnem homens
cheios de paixões inferiores, juntam-se a eles Espíritos da mesma faixa.
O Espírito que vive em ambiente inferior, certamente que precisa desse
testemunho de resistência que deve dar, e somente nesse meio pode ele
provar o que já aprendeu nas suas experiências terrenas. Se por ventura, a
Terra for saneada de modo que os ambientes negativos tornem-se em meios
elevados, os Espíritos que devem passar por essas provas de resistência
contra o mal, certamente que irão reencarnar em outro mundo que lhes
ofereça a escola necessária para o despertamento das almas que se
encontram nesse estágio de testes dolorosos.
Muito se diz que a solução do problema está dentro do mesmo, porque os
semelhantes se atraem pela seqüência dos próprios atos na mesma faixa de
vida. Pelo que notamos, tudo foi criado por Deus, e representa escolas. Se
tudo existe por aquiescência Sua, não há outro raciocínio: o que chamamos
de mal nos caminhos do Espírito ainda em despertamento, é um bem. As
contradições de hoje poderão ser uma fonte de conhecimento para o futuro,
o mal de hoje transformar-se-á em bem amanhã.
Estudando a natureza, notarás entre os animais determinada postura que vem
contradizer certas linhas da psicologia humana. Os animais não têm
determinação, não chegaram ainda à razão, a sua inteligência ainda dorme.
Por que fazem certas coisas, como o suicídio? Como devoram seus
companheiros nas selvas? E os peixes vivendo dos seus semelhantes? E os
pássaros matando pássaros? É um instinto que vem de Deus, para crescimento
uns dos outros. É certo que se aprende muitas coisas ruins no ambiente em
que se nasce, mas é sofrendo as conseqüências delas, que a criatura
aprende a tomar outros rumos.
A vida ainda não é totalmente compreendida; ainda existem muitos segredos
no correr das vidas sucessivas. O "conhece-te a ti mesmo" se encontra
longe da maioria dos Espíritos, encarnados ou não, que vivem na Terra. O
joão-de-barro mata a fêmea presa no ninho quando esta o trai. Por que o
faz? Por que ela o obedece, e não faz o mesmo com ele? Entre todos os
reinos da natureza, fatos ocorrem na sutileza das vidas, sem que os homens
os percebam, e se os notam, não entendem o porquê. Assim ocorre com eles
próprios; por que os marginais não aprendem que o erro não compensa,
somente o fazendo depois da maturidade espiritual, depois que sofreram
todas as conseqüências dos seus malfeitos? Quem pode afirmar que os santos
de hoje não passaram pelos mesmos deslizes?
Temos, por necessidade, de nos lembrar sempre das palavras de Paulo, em
sua segunda carta aos Tessalonicenses, conforme o capítulo cinco,
versículo dezoito:
Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para
convosco.
Mais adiante, ele afirma para maior segurança das criaturas: Abstende-vos
de toda forma do mal.
Se todos nós conhecemos, até por instinto.o que é o mal, devemos nos
esforçar para reprimir esse ímpeto negativo que nos faz sofrer.
Se escolheste uma prova para viver no meio do mal, trabalha buscando
resistir a ele, para viveres unicamente no bem que nunca morre.
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