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DESTRUIÇÃO NECESSÁRIA
O que chamamos de destruição são processos que Deus usa sob a forma de
progresso para tudo que existe. Nada no mundo se faz sem a permissão de
Deus, e Ele somente permite o que é necessário para o progresso dos seres
viventes. Se assim não fora, sendo o Senhor a Inteligência Suprema, não
iria Ele permitir que as coisas e os seres fossem destruídos.
O que se vê com mais evidência, são as matanças dos animais com o objetivo
de alimentação das criaturas. Criam-se estes para matar e, se não fosse o
comércio, o interesse se desfaria e atrasaria o progresso dos animais. Os
homens servem de instrumento para esse comportamento, homens esses na
escala mais baixa da evolução humana. Os Espíritos de alta estrutura
espiritual têm outras missões mais apuradas para cumprir. A vida não
poderia colocar um santo como açougueiro, nem um místico chefiando um
matadouro. Cada alma no lugar que lhe diz respeito.
Se Deus é onisciente, quando Ele fez a humanidade, desde o seu princípio,
já sabia de tudo o que deveria ocorrer na sua marcha evolutiva. Ele mesmo
traçou todos esses pormenores de vida para as criaturas. O Senhor Todo
Poderoso não se arrepende de nada, nem fica triste com acontecimento
algum; não chora, nem dá gargalhada. A sua serenidade em todos os
acontecimentos é a sua postura perene.
Por que os seres vivos se destroem reciprocamente? Há uma finalidade, e
quem sabe mais do que nós todos reunidos, é Deus, que nos criou para
passarmos por esses caminhos. Tudo deve se transformar; as mudanças são
constantes no palco da vida.
O invólucro da alma é como que uma veste, que pode e deve ser usado para
outras necessidades, além de ajudar a força divina que o comanda. As
próprias guerras, Deus as permite entre os homens ignorantes, pois têm
muitas finalidades entre as criaturas, mas, o Espírito continua vivo para
a eternidade de Deus.
Certas criaturas se assombram com os processos de destruição, as pestes, a
fome, e as guerras, mas se esquecem que morrem muito mais seres humanos
pelos vícios, que muitas vezes são mantidos sorrindo. Esse é o suicídio
lento, porém, é usado para, igualmente, educar as almas e despertá-las
para a vida maior.
A humanidade, agora que já passou por diversas refregas pelos processos de
reencarnações, precisa crer em Jesus para não errar o caminho para Deus.
Respondeu-lhes Jesus:
A obra de Deus é esta, que creiais naquele que por Ele foi enviado.
(João, 6:29)
Toda a perturbação, antes de Jesus, foi por falta de conhecimento
espiritual sobre a vida. Agora, depois do Mestre, que já sabemos o que
deveremos fazer, não temos desculpas. No entanto, mesmo assim a
misericórdia foi tanta, que o Mestre prometeu que enviaria outro
consolador, para ficar nos ensinando eternamente, andando conosco para
enriquecer a nossa consciência, e ele chegou para nós em forma de uma
doutrina, trazendo conceitos que nos fazem lembrar a mesma doutrina de
Jesus.
A vida grosseira dos seres vivos só se justifica antes do despertamento
espiritual; com o Cristo no coração, tudo muda, tudo se transforma, tudo
cresce. Pensemos bem: se Deus é Justiça, como Ele consentiria na morte em
massa, como sucede aos animais que Ele mesmo criou, para satisfação e
regalo dos homens, sem um objetivo maior para a vida que comanda a
matéria? O Senhor está vendo tudo que se passa e somente deixa acontecer o
que é necessário para a vida.
Morrer é nascer para outra dimensão que é melhor do que a anterior,
principalmente quando se morre para uma finalidade maior.
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