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INSTINTO DE CONSERVAÇÃO
O medo da morte, comum aos homens, é uma proteção para que eles não venham
a sair da Terra antes do tempo, onde alguns deles poderiam, com desespero,
fugir ao instinto de conservação, acabando por se auto-destruir. Esse
procedimento podem lhes custar muito caro, em reparos dolorosos, tanto no
mundo dos Espíritos, quanto mesmo na volta à Terra em novas vestes, com a
marca que usaram para dela sair.
A razão nos diz, quando a usamos com o coração em Cristo, que devemos
sempre atender ao instinto dentro da ponderação que a moral evangélica nos
traça. Também nós outros, Espíritos já despidos da faixa carnal, temos
esses impulsos de conservação em muitas áreas que devemos respeitar. Deus,
pelo seu amor, vigia a todos, como se fora, por uma computação espiritual,
no centro da própria vida. Além disso, os benfeitores espirituais que
todos temos estão sempre presentes em nossos caminhos para nos inspirar no
momento oportuno.
O espírita, já conhecedor desta verdade, encontra mais facilidade neste
setor de proteção. Assiste-nos o direito de avisar aos encarnados, pelos
meios que dispomos, dos perigos em que podem cair, e ensinar-lhes os meios
para não serem guiados por cegos, acabando caindo com eles nos mesmos
abismos dos ignorantes.
O homem deve procurar o prolongamento da sua vida pelos meios lícitos, que
se encontram a seu alcance. Não devemos esquecer da força que tem a
oração, a água fluidificada, o passe, o Culto do Evangelho no lar e as
reuniões de estudos evangélicos. Tudo isso assegura mais harmonia na
mente, e a mente harmonizada, consubstanciada em fé e em esperança, porta
a alegria que leva ao amor.
Lucas nos dá um bom aviso, no sentido de nos ajudar, quando relata, no
capítulo vinte e quatro, versículo trinta e quatro, assim se referindo:
Os quais diziam:
O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão.
Depois de quase dois mil anos, o Senhor Jesus deve ressuscitar em cada
coração, aparecendo particularmente às almas na sua maturidade, a
interpretar o Evangelho para os que se encontram dispostos a recebê-lo,
não mais como instinto de conservação, mas, como intuição divina, de forma
que todos sejam conscientes da verdade que liberta.
Quando fala a voz interna nas criaturas, desaparece a morte e surge a
vida, em qualquer estágio de evolução da alma. Onde estiver, é necessário
ao homem conservar a vida física, até mesmo se possível for, por alguns
séculos, que eles podem ser pingos de luz para o seu caminho.
A Doutrina Espírita é mesmo Jesus de novo na Terra, para conversar com os
homens e fazê-los mais felizes. Quem dá a vida é Deus, porém, o homem deve
e pode conservá-la.
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