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NOS MUNDOS SUPERIORES
As leis espirituais são idênticas em todos os mundos, no entanto, as suas
expressões são modificáveis em todos eles, de acordo com a escala a que
pertencem. Essa é a lei de justiça.
Nos mundos inferiores, onde as provações comandam os destinos dos homens,
como na Terra, e as expiações agridem as almas para despertá-las, as leis
acodem a essas necessidades, e a própria natureza cria destruições
violentas, fazendo os Espíritos entenderem que devem com urgência,
modificar suas intenções e avançar para a perfeição, que deve começar em
um simples perdão, no amor que seja mais material e na caridade, ainda que
esteja ligada ao interesse, porque é assim que começa o despertar das
almas.
Nos mundos superiores, os seus habitantes desconhecem a violência. Eles já
se elevaram, de sorte a não precisarem mais das destruições que se operam
na Terra. Cada mundo e humanidade recebe o que merece, na pauta das
necessidades espirituais.
Que necessidade teriam o exército ou a polícia, as armas caríssimas, que
consomem grandes economias, para defesa contra invasores, como ocorre na
Terra, em um mundo em que somente o amor é a lei de todos? Muitas outras
coisas que existem e que não precisamos mencionar são necessárias em
mundos atrasados. O homem, em mundos elevados não precisa matar para
viver, nem roubar, por respeitar e saber que tudo pertence a todos.
Enquanto o orgulho e o egoísmo dominarem a mente e o coração dos Espíritos
encarnados, eles viverão em duros sofrimentos, porque buscam a paz e o
conforto em lugares errados. Deus, pelo amor que sente pelos Seus filhos,
lhes enviou o Seu Filho Maior, para lhes ensinar a amar também, e essa
escola de amor aberta por Jesus já tem dois mil anos. E o que aprendemos?
Sentindo o Mestre que os corações iam permanecer endurecidos, prometeu que
enviaria outro consolador, para que ficasse eternamente com o seu rebanho,
e cumpriu a promessa, surgindo no cenário do mundo a Doutrina Espírita,
como sendo a volta da luz, para educar e instruir a todos. No entanto, as
trevas ainda se encontram organizadas nos bastidores dos corações. Estamos
cada vez mais próximos, encarnados e desencarnados, para lembrar a
doutrina do Divino Amigo, inspirando a todos os de boa vontade para
trabalharem não somente por fora, mas, mais acentuadamente por dentro do
coração, para que possam descobrir Deus e Cristo na consciência, onde
podem formar um mundo superior na intimidade do coração, porque somente aí
encontrarão a felicidade.
Devemos lembrar João, o Evangelista, no capítulo um, versículo quatro,
quando não se esquece de dizer uma grande verdade sobre o Cristo:
A vida estava n’EIe e a vida era a luz dos homens.
A vida estava no Cristo, e podemos encontrar o nosso próprio Cristo
interno; ele é a nossa luz, e, portanto, a nossa libertação espiritual.
Quando O encontrarmos no coração, cessarão toda a violência e as bruscas
destruições, porque teremos acordado para a realidade.
Podemos viver, se acompanharmos o Mestre dos mestres, em mundo superior,
mesmo estando na Terra, pelas mudanças que operamos na cidade do coração.
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