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OUTROS MEIOS DE IMPULSIONAR O PROGRESSO
A necessidade da destruição se evidencia porque a humanidade fecha os
ouvidos aos avisos do Evangelho, e antes deste, dos avisos dos profetas. O
ser humano somente acorda com violência, por ter dentro de si a violência.
As convulsões operadas em toda a Terra têm o objetivo de fazer os povos
compreenderem a existência de Deus e das Suas leis, da grandeza do amor e
da necessidade de o homem conhecer a si mesmo.
Muitas vezes, ficamos preocupados, querendo que as destruições atinjam
somente os ignorantes, os malvados, os causadores de guerra, mas não nos
preocupamos em melhorar os pensamentos, no que se refere à pureza
espiritual. Não fazemos o mal, mas pensamos no mal, e desta forma, ele se
encontra no nosso caminho.
Se passamos pela Terra, vestindo um corpo físico, é porque temos dividas
no cartório onde há promissórias assinadas de muita gente que se encontra
bem posta na Terra, aparentemente iluminada, mas que ainda não as saldou.
Os arquivos da vida não dão traça, não queimam e nunca são destruídos.
Somente saldando o que se deve é que a dívida se faz esquecida pela
consciência.
Deus, pela Sua bondade, nos mostra muitos meios de progresso, mas nós nos
fazemos surdos e cegos. Eis porque Ele usa correções drásticas para nos
acordar e nos fazer compreender os nossos deveres ante a Vida Maior. Se
algum justo perece nas catástrofes, sendo levado pelos flagelos, ele, no
mundo espiritual, é compensado e também não sofre tanto como se pensa,
porque é justo e nada teme. O que ele conquistou é seu patrimônio que o
acompanha onde quer que seja. Os escandalosos, os revoltados, os que
usaram para o mal as possibilidades que Deus lhes deu para fazerem o bem,
a estes o mal, agora ou depois, aparece em seus caminhos. Isto não é
justiça?
A humanidade continua pedindo aos céus sinais para crer. Os sinais são
dados todos os dias, de que existe Deus, que a vida continua e que a
reencarnação é uma verdade, e que os que morreram continuam com seus
afetos. Se a vida nos fala pelas expressões materiais e não acreditamos,
como poderíamos crer se os Espíritos benfeitores viessem a falar de coisas
mais altas?
Analisemos o que anotou João, no capítulo três, versículo doze: -Em se
tratando de cousas terrenas não me credes, como crereis, se vos falar das
celestiais?
Somente com a aquisição da maturidade poderemos saber de coisas mais
profundas, no que se refere a muitas interrogações. A ciência mais atuante
que existe no mundo é o amor; devemos buscá-lo, pois ele nos dá a própria
vida, nos ofertando os meios de convivermos melhor. A vida é linda na sua
estrutura. Acompanhando a sua continuação, a carne é simples veste, e o
tempo em que o Espírito a usa, em comparação com a eternidade, é simples
segundo no relógio de Deus.
O que chamamos de destruição, certamente que vem de Deus, não com o
assombro que lhe emprestamos, mas com a serenidade que o Senhor é capaz de
conduzir até à Terra, para fazer dela um verdadeiro paraíso. Devemos
suportar todos os flagelos com paciência, ponderando sempre e aprendendo
suas lições na profundidade que elas nos trazem.
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