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ASSASSÍNIO
Grande crime é o assassínio, diante das leis da vida, no entanto, é lógico
observar que não é somente quem mata que agiu contra a lei, mas também
quem sucumbiu, igualmente, por ter provocado ao que se tornou assassino.
Neste caso, julgar só quem matou, será justiça? Se quem morreu não tivesse
culpa, onde estaria a lei que regula a preciosidade que se chama vida?
Quem não deve, não pode temer e nem sofrer as conseqüências da maldade
humana. No caso, por exemplo, de um missionário que perde a vida física
por maldade dos que têm ciúme da sua tarefa, onde estaria a justiça de
Deus? No caso de Ghandi, onde estaria a justiça que vibra no mundo,
garantindo a paz dos justos? Ele tinha alguma dívida do passado, e quem o
matou serviu de instrumento de escândalo, e também sofre por sua
ignorância.
Não há erro nos fatos que ocorrem no mundo inteiro. Deus somente permite o
que deve acontecer, com o Espírito extraindo do fato lições preciosas.
Todos os assassínios que acontecem no mundo, têm a permissão do Supremo
Mandatário do Universo. Nada acontece sem a Sua permissão. Faz-se
necessário que lembremos a resposta de "O Livro dos Espíritos", à pergunta
quinhentos e trinta e seis, para que possamos entender melhor:
Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus.
De vez em quando repetimos essa resposta para que possamos sentir que Deus
não se encontra fora .dos acontecimentos, como afirmam outras religiões,
entregando esses acontecimentos a Satanás, criação dos próprios homens.
Quando o Espírito diz que tudo tem uma razão de ser, incluem-se aí todos
os fatos, e não somente o que se refere aos flagelos provocados pela
natureza, que não vêm, obviamente da natureza, mas que têm sua origem na
mente dos homens em desarmonia.
Quase todos os seres humanos são culpados dos assassínios, porque, se não
matam seus semelhantes, inspiram o assassino de variadas formas. Basta
parar e pensar um pouco no que fazemos da vida durante a existência. É bom
que nos lembremos que os pensamentos inferiores matam, que a palavra em
desencontro com a verdade mata, que os sentimentos contrários ao amor
matam. Como reclamar dos ladrões e dos assassinos? Como julgar ao que age
segundo aquilo que aprendeu conosco? É por isso que as próprias leis da
Terra têm um pouco de tolerância com os fora da lei e, algumas vezes,
protegem os que se encontram por trás dos acontecimentos.
No entanto, a lei divina vê tudo, e cada um responde pelo que faz, ou
inspirou a quem fez. Certamente que aquele que tira a vida do seu
semelhante é o grande culpado, mas, quem o ajuda a tirar, mesmo sem
aparecer, a lei procura e não erra o endereço. Somente nos livramos da
ação da lei divina, conhecendo e praticando a verdade, para que o amor nos
coloque no céu da consciência.
Não rejeitemos o Cristo, que constantemente bate em nossas portas, a nos
convidar para a grande transformação interior. Ninguém salva ninguém, a
não ser Deus, que age no próprio indivíduo, no caso da Terra, pelas mãos
do Cristo. É muito bom conhecer o Evangelho, ciência divina, porém, só
completamos a libertação total de onde estamos presos, pela vivência dos
seus preceitos.
Quem pode levantar o braço em testemunho destas palavras:
"Nunca roubei, e jamais assassinei?"
Vejamos, sem comentários, a escrita de Mateus, no capítulo treze,
versículo quarenta e sete:
O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar,
recolhe peixes de toda espécie.
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