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NÃO MATARÁS
O "não matarás" é lei divina, que brilha entre os homens desde épocas
recuadas, para que possa fazer parte da própria vida dos homens. Existem
muitas modalidades de matar, e a alma deve observar a palavra de Deus,
pelos seus semelhantes, começando a respeitar primeiro seus irmãos, para
depois passar a outras escalas, de acordo com o crescimento espiritual das
criaturas.
Quem mata, morre; o sistema de morte do nível da humanidade é doloroso,
porque as criaturas vivem matando em todas as modalidades. A morte está
sendo transformada e deverá alcançar um plano maior, transformando-se em
vida, em esplendor de alegria e de paz em plena consciência. A impressão
de sofrimento que a morte do corpo dá, é pela consciência culpada de
muitos atos indignos.
Esperemos que dentro do terceiro milênio a vida seja transformada das
trevas para a luz, da luz para Deus mais presente no coração da alma. O
homem vai deixar de tomar o lugar de Deus na execução da justiça. Ele vai
amar e servir; ele vai instruir e educar, aprendendo e ensinando. Ele não
é Deus; o homem é filho de Deus, tendo em Jesus o Guia de todos os seres
humanos que estagiam na Terra.
O significado do mandamento se diversifica em todos os rumos: não matar o
próprio corpo, não matar o tempo que Deus nos deu, não matar os
pensamentos bons, não matar a palavra edificante, não matar a força e a
vida da natureza em todos os seus reinos.
Os caminhos para respeitar a vida são inúmeros, e devem ser respeitados
pelos homens, para que esses homens tenham paz. Enquanto a criatura não
ajudar, não servir, não amar a todos e a tudo, não encontrará a paz de
consciência.
Não podemos esquecer o Evangelho nos nossos escritos, porque ele nos dá
força de entendimento em todos os rumos da inteligência. Vejamos o que se
encontra em Atos dos Apóstolos:
Os discípulos, porém, transbordaram de alegria e do Espírito Santo.
(Atos, 13:52)
Essa visita da alegria e do Espírito Santo foi pelo respeito mais profundo
das leis de Deus ensinadas por Jesus a Seus companheiros. O ministério
estava em plena harmonia, o amor era o grande móvel, manifestado em todos
os corações. Os discípulos, pelo conhecimento com Jesus, não mais mataram
e, sim, passavam em todos os lugares dando vida, animando os sofredores,
dando pão a quem tinha fome, vestindo os nus e, desse modo, sendo
bem-aventurados em todos os seguimentos da vida. Eles compreenderam o que
é amar e o que é amor.
Aplicar a morte física nos outros é um crime, principalmente quando é
aplicada em nome d'Aquele que somente dá a vida: Deus. A humanidade se
encontra em um caldeirão de lutas de todos os tipos. A inferioridade
campeia em todos os quadrantes da Terra e parece que o mundo se encontra
desabando em uma calamidade universal, muito pior do que o próprio
dilúvio. No entanto, nem o mundo, nem a humanidade estão piorando; pelo
contrário, isso é indício de melhora breve, todavia, os verdadeiros sinais
de mudança se encontram em dores, desesperos e infortúnios sem conta.
Ainda assim, a lei se irradia, e com mais expressão visível.
Não matarás!... Não matarás!... para que a ilusão da morte desapareça para
sempre e passe a reinar somente a vida, a vida eterna. Resta-nos,
encarnados e desencarnados, colher a soma de tudo, de todos os
acontecimentos, guardá-la na intimidade da vida, convidar a Cristo para a
intimidade do coração na presença de Deus, para o grande banquete que se
chama tranqüilidade imperturbável da consciência e felicidade sem fim para
todas as almas redimidas, em se despertando todos os dons de luz na
expressão de paz. Então o "não matarás" não precisará ser dito nunca mais,
por não precisarem dessa advertência as almas que herdarem a Terra.
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