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O DESTINO DO HOMEM
O destino do homem é bem diferente do destino dos animais, por ter o homem
alcançado um degrau a mais na sua dianteira, por maturidade espiritual.
Algum dia, os animais irão a esse estágio.
Os animais abandonam suas crias logo que essas se tornam adultas, porque
no meio deles a sua missão é somente até aquele ponto; daí para frente, é
processo de aprendizado de cada um. A própria natureza os fez assim. Entre
os homens é diferente; eles têm necessidade de permanecer mais tempo
juntos, em família, porque os seus deveres, a sua preparação, é mais
engenhosa, dada a sua capacidade de assimilação ante a vida.
Observemos o reino anterior ao do animal, para que tenhamos uma idéia
sobre esse assunto: a árvore frutífera, quando não encontra quem a separe
de seus frutos, seus filhos, eles amadurecem e a natureza faz a separação
natural, para depois a árvore entrar em preparo, no caso de muitas delas,
para gerarem novos filhos. Esse fato é uma lei natural. Na verdade, até os
minerais geram minerais. Tudo na vida se multiplica, pelas bênçãos de Deus
e necessidade da vida.
Anotemos na escala da alma, ou, se quisermos, na escada evolutiva que se
processa pela vontade de Deus: cada degrau que se sobe, é nova expressão
que se vê, trazendo cada um o traço do progresso da mônada divina,
envolvida em roupagens materiais.
No homem há alguma coisa a mais, além das necessidades físicas, pois
começa nele a se incorporar os direitos e os deveres da vida espiritual,
pelo fato da sua elevação, em se comparando com a dos animais, comportando
dons desenvolvidos que escapam aos da sua retaguarda. Como poderemos
entender, os anjos, na sua estrutura, diferem, e muito, dos homens
encarnados. Cada posição tem o que merece e precisa, para a sua vida
manter-se em equilíbrio.
O ser humano é dotado de razão por maturidade, e não por bênção especial,
e essa razão, apresentando-se como inteligência, requer outras
necessidades que não as dos animais, que ainda se encontram movidos pelos
instintos. O homem tem deveres, que não ficam somente em alimentar-se,
como os seus irmãos da retaguarda. Surgem em seus caminhos a higiene, a
necessidade do vestuário, a escola, a sociedade e demais outros aspectos
que a vida lhes impõe para o seu desenvolvimento espiritual. Ainda mais,
ele enfrenta as controvérsias a que chamamos de erros, para fazê-los
compreender o alcance dos Espíritos puros, e cada geração vai mostrando
mais necessidade de ampliar seus conhecimentos pela força do progresso.
Jesus veio à Terra para inovar conceitos e fazer entender qualidades
espirituais até então ignoradas pelos povos. Era por isso que a multidão O
buscava, para ouvir Sua palavra iluminada e santa.
Vejamos a anotação de Lucas, no capítulo quinze, versículo um:
Aproximaram-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
Os publicanos tinham necessidade de ouvir o que não conheciam. Jesus
Cristo era uma escola volante para todas as criaturas que pudessem
escutá-Lo. A necessidade de progredir está vinculada à lei de Deus. Mesmo
que queiramos ficar estacionados, não o poderemos, porque o progresso é
uma lei divina que atinge todas as latitudes humanas.
Os animais não têm vida religiosa, política e social; as necessidades que
emanam deste posicionamento evolutivo são somente para os homens. O dever
natural dos animais é criar seus filhos até o ponto que eles bem sabem
qual, sem organizar famílias como acontece com os seres humanos.
As famílias na Terra são temporárias, algumas das quais, continuam no
mundo dos Espíritos como grupos familiares, até se libertarem
definitivamente, por alcançarem o amor universal e sentirem na humanidade
a sua família permanente, porque o amor verdadeiro não tem fronteiras.
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