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DEGENERADOS
O "Livro dos Espíritos" nos afirma que não há regressão. Assim, naqueles
povos a quem chamamos degenerados, a regressão está apenas na forma, e não
no Espírito.
Tomemos como exemplo o caso dos dois continentes submergidos, Lemúria e
Atlântida: eram duas civilizações altamente intelectualizadas, em relação
aos povos de então; quando da súbita invasão das águas, muitos escaparam
de diversas maneiras, visto que a catástrofe já era prevista.
Vários sobreviventes alcançaram as Terras do Oriente e outros vieram ter
ao continente americano, inclusive onde, bem mais tarde, viria a ser o
Brasil e onde se reuniram em tribos. Ainda hoje, a semelhança entre os
indígenas sul-americanos e os povos asiáticos e orientais é evidente.
Os Espíritos remanescentes dos continentes desaparecidos, terminando sua
programação terrena, regressaram à sua pátria quase todos ao mesmo tempo,
usando as asas da verdade, deixando sua herança física para os Espíritos
primitivos que viriam a ocupar este continente.
Não houve degeneração física ou espiritual, mas apenas a substituição de
Espíritos mais evoluídos por outros mais ou menos primitivos, que vieram
ocupar corpos mais aperfeiçoados.
Os que ficaram porque ainda não haviam atingido a conveniente evolução
espiritual, ficaram mais tempo e deixaram sinais evidentes da sua estada
na Terra. A história nos mostra os seus feitos, obras de pedra mas que
mostram certa luz de desenvolvimento intelectual e mesmo moral da sua
civilização. A Indochina e o Egito foram herdeiros desses valores
inesquecíveis dos povos expatriados dos seus mundos de luz. A eles
agradecemos o muito que aprendemos pelas suas heranças valiosas.
Alguns ficaram por amor à Terra e deixaram muitas marcas indeléveis nas
pedras, a servir de lições para os homens do futuro. Mesmo assim, alguns
ignoram suas heranças.
Vamos anotar o que nos diz Paulo, em Coríntios II, no capítulo três,
versículo quinze:
Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração
deles.
Somente a reencarnação trará luz para todos os entendimentos. Deus fez as
leis; o nosso dever é obedecer a elas em todos os seus aspectos.
A nação brasileira não poderia receber, naquela época, Espíritos que
desenvolvessem o intelecto nestas terras, porque a sua missão para o
futuro já estava delineada para a nova vinda do Cristo, como aconteceu no
Oriente. Tudo está certo, dentro dos desígnios de Deus. Sentimos muita
alegria, por sentir e saber que nada se faz sem a permissão de Deus, e no
caso desta pátria abençoada, até o sol que a aquece tem menos brilho do
que aquilo que representa o Evangelho na Pátria do Cruzeiro.
Que Deus nos abençoe a todos, no Brasil e no mundo, fazendo mais visível a
esperança, dando o próprio tempo a nos mostrar um futuro de esplendor, que
anuncia a tranqüilidade imperturbável das consciências.
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