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A MAIS TERRÍVEL
Não existem provas piores nem melhores; elas são paralelas às necessidades
do aprendiz. Deus não põe fardo pesado em ombros frágeis, isto nos diz o
Evangelho de Nosso Senhor. A cruz que se carrega na vida, foi estruturada,
medida e pesada, para que se possa caminhar com coragem. As reclamações
são mostras de Espírito fraco, que ainda não recolheu a experiência
necessária nas lutas terrenas.
As mensagens do além que descem sem cessar para os homens, mostram os
deveres de cada criatura ante os compromissos assumidos. Na consciência se
encontra o registro do que se compromete com Deus, e Ele, o Soberano
Senhor, conhece e tem paciência com Seus filhos. Mas, Ele não retira dos
seus caminhos os professores que os possam educar e instruir. Tanto a
riqueza quanto a pobreza têm o mesmo peso, em se somando suas dificuldades
e sua força de corrigir as criaturas.
Uns lamentam, outros desprezam as oportunidades valiosas, que deverão
reconhecer depois do túmulo. No entanto, não se pode dizer que o pobre é o
bem-aventurado: isso depende do seu comportamento na vida com a prova da
miséria. Não se pode dizer que o rico é o que goza do bem-estar, que Deus
o premiou com os bens terrenos. Todos estão na mesma faixa de provas e
podem ou não sair-se bem delas, dependendo do grau já alcançado na escala
da evolução espiritual. Não devemos julgar, mas podemos analisar em
silêncio e tirar dessas deduções experiências para o nosso caminho.
Sofreremos muito mais, se já conhecemos as leis de Deus e não vivemos de
acordo com elas. Se o Evangelho de Jesus já está em nossas mãos e em nossa
consciência, não percamos a oportunidade de vivê-lo, pelo menos de começar
essa vivência. Com o tempo, passaremos a gozar das delícias de urna
consciência em paz.
Novamente, vamos lembrar Lucas, no capítulo doze, versículo quarenta e
sete:
Aquele servo, porém, que conheceu a vontade do seu Senhor e não se
aprontou, nem fez conforme a Sua vontade, será punido com muitos açoites.
Conhecer é muito bom, mas traz para todos nós responsabilidades maiores,
porque, conhecendo e nos fazendo de esquecidos, seremos açoitados pelas
provas, qual o boi que sai do seu carreiro: o vaqueiro sabe corrigi-lo, e
a lei de condicionamento faz lembrar ao mesmo animal, quando pensar em
afastar do rebanho, o ferrão do condutor. Assim acontece com os seres
humanos.
As provas são variáveis, e nos parece que não existe maior nem menor;
todas são iguais, de acordo com as necessidades do aprendiz em questão. Se
a miséria provoca as queixas, as riquezas impulsionam para os excessos de
todas as ordens. O pobre geralmente deseja ser rico, e o rico, quando no
mundo espiritual, deseja ser pobre na sua volta para o mundo físico. Qual
dos dois está certo? São lições diferentes, diplomas necessários aos
homens, que somente o recebem pelo processo das vidas sucessivas. Tal é a
lei.
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