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ÚLTIMO ATO DE ORGULHO
Os monumentos erigidos nas sepulturas dos poderosos da Terra são
impulsionados pelo orgulho e pela vaidade, para mostrar à sociedade que a
família do morto é poderosa no domínio do ouro.
O homem, muitas vezes, ainda a caminho da morte, já sente a desilusão dos
bens materiais, não se interessando por essa ostentação.
O pobre, neste sentido, é bem mais ajustado, por não sofrer essa
perturbação dos que ficaram. Nós temos a dizer que somente levamos para o
mundo espiritual o que somos. Felizes daqueles que começaram na Terra a
sua reforma de sentimentos, que despertaram para Jesus, nos caminhos do
amor e da caridade,os valores do Espírito. Não é preciso ser rico para
encher o celeiro do coração; é ter somente boa vontade. O Mestre não tinha
onde reclinar a cabeça, entretanto, foi o mais rico de todos os homens, na
condição de Filho de Deus, igual a todos os homens.
Os grandes monumentos de pedra erigidos nos "campos santos", poderiam ser
transformados pelas famílias ricas, antes da sua feitura, em casas para os
que se encontram ao relento. Feito em nome do morto, esse gesto seria um
alívio para a sua consciência, como também para os que ficaram. O custo de
um túmulo corresponde à alimentação que poderia ser oferecida a muitos
famintos, assim como muitos outros gastos inconvenientes que se fazem na
Terra, por orgulho e vaidade, por ignorância e prepotência. O orgulho dos
parentes atinge o desejo de glorificar a si mesmos, pouco pensando no
bem-estar de quem já foi para o outro mundo.
O homem de bem não precisa buscar a sua própria glória; ela vem, por lei,
em busca dele. Vejamos o que João anotou no capítulo oito, versículo
cinqüenta:
Eu não procuro a minha própria glória; há quem a busque e julgue.
Os poderosos da Terra não desconfiaram de que as glórias do mundo são
incômodas e passageiras, que não correspondem às necessidades do coração.
O sábio nunca procura se mostrar, mesmo fazendo o bem à sociedade, por
saber que todos os feitos, bons e maus, serão revelados pela própria
natureza por ordem da lei, que nada deixa em segredo que não venha a ser
revelado. O orgulho e o egoísmo são tão fortes e poderosos que acompanham
quem os possui mesmo depois do túmulo, envolvendo o Espírito nas suas
sugestões inferiores e levando-o a sofrer todos os tipos de torturas que
eles possam imprimir em sua consciência.
É por isso que a reencarnação é uma bênção de Deus, pois ela nos dá
oportunidade de nos desfazermos destes dois monstros que devoram as
oportunidades dos seres humanos e prendem os Espíritos, mesmo no mundo
espiritual, em situações difíceis de se libertarem.
Sabemos que nem sempre é pelo morto que os familiares fazem essas
demonstrações para que a sociedade veja e, sim, para alimentar o orgulho
de família na posição em que se encontram. Infelizes desses homens que
ignoram seus destinos. Entretanto, o tempo os educará. Eles morrerão e
também ficarão conhecendo a verdade que os libertará dessa ignorância.
Os tempos estão chegando, para o bem da humanidade. Que seja por meios
violentos, porém a natureza fará as criaturas despertarem para os valores
da alma, tendo o Evangelho de Jesus como fonte da vida, por ordem de Deus.
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