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HOMENS BONS
Em todas as épocas existem homens bons, mesmo entre aqueles que tinham
escravos, pois a própria lei permitia a escravidão entre os homens.
Todavia, existiam senhores que maltratavam seus escravos e os vendiam como
animais de carga e, por vezes, em piores condições. Faltava-lhes a
humanidade para com os seus irmãos, filhos do mesmo Deus de bondade e de
amor.
Sabemos também que a escravidão em todo o mundo era um processo de
despertamento das criaturas e, se nada se faz sem a permissão de Deus, ela
teve algo de útil para os cativos.
Não podemos esquecer ainda que havia a alforria para os escravos e, em
muitos casos, muitos deles não queriam ser livres porque, no caso em
questão, eles iriam sofrer mais. A sociedade não compreendia que o escravo
poderia ter liberdade e, na verdade, mesmo não existindo escravidão, como
nos dias que correm, continuava a existir a escravidão à discriminação
racial e social.
As diferenças sociais sempre existiram em todos os países, no entanto, é
bom saber que o respeito, onde o mundo é superior, é que garante a paz e
todos se sentem felizes nas posições que ocupam.
A lei que determinava a escravidão, não mandava violentar o escravo; isso
acontecia por livre arbítrio dos homens maldosos. Nós sempre, bem o
sabemos, respondemos pelos nossos feitos. Há uma lei que se chama justiça,
que cobra ceitil por ceitil, o que pesa sobre os ombros dos faltosos, para
que esses aprendam a amar, reconhecendo que todos somos filhos do mesmo
pai.
As lições na Terra são irremovíveis, em todos os sentidos do existir,
desde a mínima partícula da matéria, até os acúmulos dos mundos. Eles se
fazem e desfazem, e cada vez mais se expressam com mais brilho na sua
intimidade. é da lei que nada pára; tudo cresce, o homem é que fica
parado.
O homem bom e inteligente que sempre existiu, que direcionou sua sabedoria
para o amor, é o Espírito mais velho na contagem sideral e que já recolheu
experiência nos caminhos da Verdade. Esses homens mesmos, nascidos em
épocas em que existiam a escravidão, a inquisição e, recuando mais, as
cruzadas foram pessoas boas, que se comportavam bem diante de todas as
situações, ante os seus irmãos cativos e mesmo prisioneiros de guerras.
Não podemos deixar de mencionar que esses cativos e prisioneiros, quase
todos eles, eram de má índole; se não o fossem, não receberiam as
provações que vivenciaram.
Se somente recebemos o que merecemos, a própria escravidão foi merecimento
dos que a sofreram, entretanto, o tempo, escoando o carma coletivo, nos
mostra os fardos mais leves e os jugos mais suaves, de maneira que
desapareceram, por lei e por evolução, as cruzadas, as inquisições e a
escravidão, que continuaram a existir somente por dentro das criaturas.
Essa guerra de dentro, somente o próprio Espírito pode vencer, fazendo
despertar o Cristo no coração.
O bom entendedor reconhece em Jesus e na sua herança para a humanidade, o
Evangelho que veio mostrar a força poderosa para a verdadeira libertação
espiritual. Mesmo sendo escravos de qualquer posição, no nosso íntimo
poderemos ser livres em Cristo. Precisamos meditar muito, estudar mais e
nos transformarmos bastante intimamente, para que possamos compreender as
leis de Deus e obedecer a elas, porque de outra forma não alcançaremos a
felicidade.
Qualquer escravo somente se torna livre conhecendo a Verdade.
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