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DIREITO DO HOMEM
O maior direito do homem é a obediência às leis de Deus. Quando se foge a
isso, responde-se pelos desvios da harmonia divina e as conseqüências
produzem lições inesquecíveis. É para tanto que o Senhor deixa acontecer,
no sentido de disciplinar, instruindo cada criatura naquilo que ela tem o
direito de aprender.
O homem, e mesmo o Espírito fora da carne, não é dono dos seus próprios
pensamentos, por não os governar do modo que deseja. Qual a alma que pode
suspender seus próprios pensamentos, deixando de pensar? Quem pode
intervir na consciência de modo que ela deixe de emitir seus pareceres a
respeito do que faz?
O pensamento vem de Deus, vibrando na sua pureza original, e ao nos ser
legado, compete-nos inocular nele os nossos sentimentos, as nossas
vibrações pessoais, transformando-os em idéias e essas, em fala, como
sementes que passamos a semear. Tudo pertence a Deus, e somente Ele pode
fazer o que deseja que seja feito. Meditemos em Paulo, quando escreveu aos
Romanos, no capítulo treze, versículo três: Porque os magistrados não são
para temor quando se faz o bem e, sim, quando se faz o mal. Queres tu não
temer a autoridade? Faze o bem e terá louvor dela.
No caso em referência, a autoridade maior para nós é a consciência; se não
queremos temê-la, respeitemo-la, somente fazendo o bem, porque ela é
agente de Deus dentro de nós, como um tribunal interno, nos ajudando na
iluminação. Aquele que não teme a si mesmo, o que mais pode temer? Quem se
encontra em paz consigo mesmo, fica em paz com Deus e com tudo o que o
rodeia.
O direito do homem é cumprir seus deveres ante a paternidade universal. O
compromisso que assumimos com a própria consciência é amar ao Senhor em
todas as coisas, porque somente o amor salva e dá direito ao homem de ser
luz onde quer que seja. Não podemos interferir nos nossos pensamentos no
que toca à suspensão dos mesmos. A nossa parte é, pois, plasmar neles o
que pretendemos como sementes, de luz ou de trevas. Porém, colhemos o que
semeamos.
A consciência tem sua plena liberdade, liberdade essa que vem de Deus,
tendo Ele a nos olhar por esse canal honesto que nunca erra. Querer negar
essa liberdade é o mesmo que intentar apagar o sol com os dois dedos, como
se usava para apagar o pavio de um candeeiro. Jesus já nos ensinou como
viver bem com a consciência, que é amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a nós mesmos. Eis aí toda a lei e os profetas, e tudo que se
possa pensar e sentir da vida.
Se quisermos viver bem, façamo-lo onde estivermos; se pretendemos receber
amor, amemos. O que desejamos para os outros é o de que precisamos para
nós.
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