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REPRIMIR OS ATOS
É um dever da sociedade organizada reprimir os atos que a possam
perturbar. Existem crenças que manifestam publicamente conceitos capazes
de confundir e desorientar pessoas, e mesmo estimular certos vícios em
alguns dos que lhes seguem as orientações.
É para tanto que a sociedade tem a força orientada para reprimir qualquer
quisto que lhe venha trazer embaraços e desarmonia; no entanto, a crença
íntima que os dirigentes têm, elas se conservam intactas em
amadurecimento, para se transformarem naquilo que seja a vontade do
Criador. Na intimidade da alma, somente Deus pode intervir, usando a
própria alma, objetivando a transformação espiritual.
É com o objetivo de manter a ordem na ação das criaturas que as nações do
mundo mantêm organizações oficiais. Porém, por dentro, somente o tempo,
que não deixa de ser as mãos de Deus, pode ter acesso na educação dos
povos.
O dever do governo estabelecido é reprimir os atos das crenças que
prejudicam a sociedade, porém, o mundo interno de cada crente é
inacessível a qualquer ser, que deseja investir no seu terreno íntimo; é
área reservada a ele e a Deus. É por isso que não devemos julgar os outros
no seu comportamento, fazendo-o somente quando esse comportamento possa
prejudicar os outros. Mesmo assim, existem departamentos que cuidam dessas
modalidades e os podem reprimir, não a intimidade, mas os atos.
Compreendamos, pois, a necessidade de tolerância entre os instrutores da
humanidade para com os seus seguidores e os que não aceitam corretivos
para o seu aprimoramento espiritual. Estes, algum dia, aceitarão o
Evangelho e passarão a caminhar com o Cristo no coração e descobrir Deus
na consciência. Vamos buscar em Paulo, novamente, alguns traços de
entendimento que possam estabelecer em nós, e para com os outros, a paz:
Quem come, não despreze ao que não come; e o que não come, não julgue o
que come, porque Deus o acolheu. (Romanos, 14:15)
Não temos o direito de impedir os sentimentos de quem quer que seja. A
vida do próximo é dele; as suas contas, ele terá de acertar com Deus e com
mais ninguém. Os compromissos assumidos são de responsabilidade d'Aquele
que os fez. Os nossos irmãos têm, por vezes, compromissos de que já não
precisamos mais, assim, não devemos julgá-los porque são diferentes dos
nossos.
Reprimir os atos, quando estamos sendo instrumento da lei da Terra, sem
violentar a intimidade, é certo, mas nunca passar disso, para que não nos
aconteçam coisas piores. A liberdade de pensar é divina, e nela não
devemos nos intrometer. Se queremos ajudar aos que se encontram na
retaguarda, vivamos uma vida de nobreza, acompanhando Jesus, que essa
força do bom exemplo, em silêncio faz muita coisa em favor dos que
precisam de conselhos. Deus inspira a todos a seguirem o caminho que lhes
garante a paz de consciência, porque somente Ele a conhece e sabe
ativá-la.
Pedimos a Deus e a Jesus que nos ajudem a compreender melhor todas as suas
leis, principalmente as mais visíveis para nós.
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