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A FATALIDADE
Somente a morte é fatal, nos campos de lutas das formas. Tudo se
transforma em todos os segmentos da matéria. As mutações são fatais, no
entanto, os momentos de mudanças, em certos casos não o são. Por que os
animais da mesma espécie não têm o mesmo período de vida? Por que as
árvores da mesma família não têm durabilidade igual? Assim é, também, com
os homens.
A fatalidade, principalmente na raça humana, pode sofrer mudanças; depende
muito do que as criaturas estão fazendo da vida, do comportamento e da
compreensão, bem como do cuidado que podem ter com seu corpo e com sua
missão. O esforço próprio é de grande valia em muitos casos, contudo, por
vezes o próprio Espírito é que não deseja o prolongamento de sua vida na
Terra, pedindo que cumpra apenas o compromisso assumido, no mundo
espiritual, antes de tomar a forma corpórea.
Certos aspectos da vida espiritual requerem muito estudo, meditação e
trabalho no bem comum. Nesse ambiente de amor, poderás compreender melhor
a função das leis de Deus nos destinos humanos. O Espírito avança na
perfeição de tal modo que ele domina a própria vida, por ter liberdade
para isso. Lázaro, não fosse o poder de Jesus, ficaria no túmulo. Jesus,
que dizia ser a vida, fê-lo levantar, recompôs toda a sua organização
biológica e ele se levantou, vivendo muito tempo. Por isso é que dizemos
que a morte é fatal, porque Lázaro tornou a adoecer e morreu, mas não
daquela vez.
A fatalidade pode transformar-se em vida, dependendo da vontade d'Aquele
que criou a vida. Diante de Deus tudo muda com a Sua magnânima vontade.
Vejamos o que João nos diz, no capítulo sete, versículo quinze, assim se
expressando: Então os Judeus se maravilhavam e diziam:
Como sabe estas letras, sem ter estudado?
Jesus não estudou entre os homens, desta vez em que veio como Salvador da
humanidade. O que se ensinava na Terra, para Ele já não serviria, pois, já
conhecia a ciência universal, e mesmo estando na carne ele não esqueceu o
grande saber que possui. Não existia fatalismo no tocante a Jesus, porque
Ele dominava tudo pelos Seus poderes: levantava os caídos, curava
enfermos, mesmo desenganados, cegos de nascença e, ainda mais, restituía a
vida física aos que já se encontravam mortos.
Fatalidade total é para a ignorância em todos os seus aspectos. Para Deus
não há segredos; tudo Ele sabe, antes e depois, por ter onisciência e ser
onipresente em todos os sentidos.
Os espíritas de todos os níveis devem estudar com mais profundidade as
leis de Deus, meditarem sempre nelas e esperar trabalhando no bem, para
que esse mesmo Deus lhes revele a verdade, que nunca deixa de ser
gradativa.
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