FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XVII

 

Questão 859 comentada

CAPÍTULO 43

0859/LE

OS ACIDENTES

 

A nossa mente é força poderosa que pode criar situações nos nossos destinos. Os acidentes em geral são produzidos pela nossa invigilância, então, a lei nos cobra, por ser ela instrumento da Justiça. Os nossos benfeitores da eternidade sempre nos falam sobre o respeito às leis, e devemos atendê-los, confiando mais na força divina dentro de nós, emergindo pelos processos da nossa consciência.

Podes verificar que quando uma pessoa dirige um veículo e sempre desrespeita os sinais, mesmo que não tenha provação cármica de passar por um acidente de veículos, ele está criando essa condição pelo desrespeito aos sinais que significam ordem nas raias humanas. Quando acontece um acidente, apesar de toda a atenção do motorista, é a força da cobrança do passado, usando o ambiente do presente.

O que devemos fazer no momento é, pois, respeitar todas as leis, porque elas criam em nosso coração a harmonia que nos defende dos males que provêm da invigilância. Esses acidentes que ocorrem na vida são coisas insignificantes, que nascem da nossa incompreensão das leis, e é nesse proceder que aprendemos a entender todas as situações que surgem para nos educar.

Os benfeitores espirituais não gostam dos sofrimentos humanos por coisas que podem ser evitadas. Eles sempre avisam, por muitos meios, para os homens evitarem os perigos, a não ser certas provas que trazem para os seres humanos lições que somente elas poderão e terão a força de corrigir certos desvios arraigados na conduta humana.

A fatalidade existe, mas é bom que compreendas onde ela se expressa como tal. No final da resposta de "O Livro dos Espíritos", a Entidade superior disse o seguinte:

"A fatalidade, verdadeiramente, só existe quanto ao momento em que deveis aparecer e desaparecer deste mundo."

Medita bem sobre esta resposta, que compreenderás os nossos pensamentos com mais facilidade. A morte é uma fatalidade, mas a data de sua ocorrência pode ser mudada por Aquele que é puramente a vida. Reencarnar é uma fatalidade, mas as épocas são variáveis para todos os seres. A existência das leis, se podemos dizer, é uma fatalidade para todos nós, encarnados e desencarnados, desde quando precisamos delas. Ao encontrarmos a verdade, tornando-nos livres, já somos a lei e somos a vida, o caminho e a verdade. A liberdade de escolha do que deves passar revestido pela carne é, ou pode ser, uma fatalidade gerada pela tua escolha, que pode ser mudada, desde que Deus ache conveniente. A alma, pelo seu procedimento, piora ou melhora sua situação.

Em cada mensagem colocamos um traço do que pensamos da verdade, para que possas te cientificar de que o Espiritismo cresce nas suas exposições, e que o progresso se estampa nos seus conceitos, como força de Deus para a paz e a esperança de todas as criaturas. Não deves te maravilhar dos feitos e do avanço da Doutrina dos Espíritos porque, com o tempo, a força do Espiritismo dominará todo o mundo mental das criaturas e mostrará a todos grandes coisas, como disse Jesus, registrado por João no capítulo cinco, versículo vinte e oito:

Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão.

As palavras de Jesus, que os Espíritos superiores estão divulgando a todos, estão indo até os túmulos e desligando os Espíritos ali chumbados aos restos mortais, mostrando a eles a esperança de nova vida. Outras maravilhas deverão surgir, para glória d'Aquele que criou a própria vida!

 

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