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ESCOLHENDO
Em escolhendo o Espírito a sua nova existência na Terra, certamente que
ele não saberia que viria a ser um assassino, pois não escolheria esse
tipo de falta, que viria a comprometer sua vida com mais peso sobre seus
ombros. Somente Deus é presciente do que virá a acontecer com todos os
Seus filhos.
A deliberação é dos Espíritos; eles têm livre escolha nos seus momentos de
decisões, mas Deus sabe sempre antecipadamente o que ele irá escolher. Os
Espíritos angélicos, fazendo um retrospecto nas suas vidas pregressas,
recordam todos os fatos, que não são melhores do que os daqueles que estão
praticando desatinos envolvidos na carne. Basta dizer que todos somos
iguais e que os processos de despertamento espiritual são para todas as
criaturas, sem exceção.
Compete a todos os seres estudar as leis de Deus, analisar todas elas em
todos os sentidos, verificar todas as filosofias e religiões, passando
assim a sentir a verdade por todos os seus ângulos. Deus não é criador
somente de um punhado de almas mas, de tudo que existe. Um pai que somente
ama determinados filhos, esquecendo-se dos outros, não pode ser chamado de
pai, pois esquece o verdadeiro amor. Nós, ao retornarmos à carne, temos a
liberdade de escolher certos acontecimentos, buscando limpar nosso carma.
Ao nos expressarmos na carne, certamente que esquecemos os acontecimentos,
para nos sentirmos mais encorajados nas lutas, bem como termos o poder de
modificarmos alguma coisa, dependendo dos nossos esforços no sentido de
desenvolvermos as qualidades enobrecidas.
O assassino ou o suicida o são por deliberação própria, influenciado pelo
estado em que se encontra não por escolha antes de reencarnar, por serem
fatos que complicam a sua vida, ante as vidas que haverá de ter. Deus
assim permite por respeitar, de certo modo, o nosso livre arbítrio. São
sementes que plantamos na consciência e que haveremos de colher, mais cedo
ou mais tarde.
A nossa escolha, quando podemos fazê-la, é para uma vida de lutas, por
vezes dolorosas, mas os detalhes surgirão pela nossa vontade; podem ou não
acontecer, no entanto, quanto ao Espírito mais primitivo, sabe-se mais ou
menos o que ele deverá fazer, pelo seu estado evolutivo inferior. Não
podemos dizer que isso é determinismo, porque a vontade pode modificar
muitos fatos de modo a mudar as rotas da alma nos caminhos do mundo.
Conforme o Espírito, sabe ele que terá oportunidade de matar um ou alguns
dos seus irmãos, mas não sabe se isso acontecerá. Em frações de segundo
pode haver a determinação, que surge de variados condicionamentos do
presente e do passado. São sutis esses acontecimentos espirituais e as
leis que nos assistem. Somente Deus, tornamos a falar, não ignora esses
fatos e sabe transformá-los no bem para os caminhos do Espírito imortal.
É preciso que os homens saibam que os acontecimentos somados, sejam eles
quais forem na vida das almas, são qual um grão de areia em se comparando
com o universo.
Não deves impressionar-te com esses fatos, mas nunca deixes de trabalhar
para o aprimoramento espiritual em todos os sentidos. Cada trabalho, cada
modificação que fizeres dentro de ti para o bem, é uma luz que acendes na
tua vida. Esse esforço todos os dias, se tornará um sol e, pelo exemplo,
converterás muitas criaturas para os caminhos retos.
E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus. (Lucas,
1:16).
O que podes chamar de fatalidade é sobre a vida material com seus
sucessos. Podes verificar nos próprios acontecimentos, que muitos deles
não precisam esforço quase nenhum para que o homem alcance êxito, no
entanto, a fatalidade não existe em se referindo à vida moral. Aí, depende
de maturidade da alma, cuja luz verte do tempo e do espaço, onde a vontade
faz correções inúmeras todos os dias, para que possa encontrar o alvo
desejado, onde se respira o amor e a caridade.
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