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BOA EDUCAÇÃO MORAL
A educação na vida da criatura constitui força poderosa para o seu
despertar. Com relação às condições do mundo íntimo de cada um, se faz
necessário o estímulo exterior, agindo, como que um chamado.
A educação moral do homem já é um merecimento; quantas almas, podemos
observar, reencarnam em lugares em que os seus pais desconhecem até mesmo
a higiene! É culpa delas, renascerem neste ambiente? Isso tudo é processo
de vida, são linhas traçadas pelo próprio Criador, para que mais tarde
venham a merecer uma volta ao meio social, entre povos mais educados e
conhecedores da higiene, onde se tem notícias dos altos ensinamentos do
Evangelho. Em muitos casos, mesmo assim muitos ainda não se interessam por
estas oportunidades, por lhes faltar maturidade para tal desempenho moral.
Todavia, quando o Espírito tem certa evolução moral, mesmo renascendo em
lugares e famílias desprovidas de certa educação, ele busca dentro de si,
nos recursos conquistados em suas próprias experiências, o que lhe falta
na vida e, ainda mais, passa a ensinar pela vida, aquilo que os que o
rodeiam não têm para dar. Podemos buscar na fonte universal o suprimento
para nossas carências, quando já atingimos esse preparo nas andanças pela
Terra.
Certamente que, quando a criança encontra no mundo um lar que a possa
instruir na moralidade, mesmo que sua natureza inferior recuse, fica
alguma fragmentação desses ensinamentos na consciência, semeadas na sua
intimidade, e que o futuro é capaz de revelar. Como aconteceu com os
grandes personagens, nunca aprendemos de uma só vez; o aprendizado ocorre
por seqüência, no silêncio da vida.
Não é culpa de ninguém quando alguma criatura não aprende a lição com mais
rapidez, como acontece com certos companheiros; é por lhes faltar a ação
do tempo a seu favor. Estamos todos caminhando, e os caminhos nos ofertam
lições permanentes , por força da lei universal do crescimento espiritual.
Não existe um Espírito perfeitamente igual ao outro, em nenhuma
circunstância e as desigualdades são marcas do tempo e do aprendizado. São
inúmeros os caminhos pelos quais passamos; somos todos iguais na estrutura
congênita, mas cada um de uma idade sideral, assimilando conceitos e
guardando experiências na diversidade que nos traz a programação
universal. Mas, na vida, como os rios, desembocamos todos no grande mar,
que é Deus. O homem que já acordou para a vida espiritual pode ouvir Deus
em tudo que sente, vê e toca. O tempo ensina essa ciência espiritual.
Nos Atos dos apóstolos, no capítulo quatro, versículo dezenove, lemos o
seguinte, para a nossa instrução:
Mas Pedro e, João lhes responderam:
Julgai se é justo diante de Deus, ouvir-vos antes a vós outros do que a
Deus.
Se tudo vem do Senhor, é justo que O ouçamos, em todos os Seus canais de
comunicações com os homens, e o mais viável é escutá-Lo pela nossa
consciência. Se nasceste em uma família que te oferta certa educação
moral, e mesmo física, não desmereças essas oportunidades; abraça-as e
agradece a Deus, porque muitas criaturas sofrem a ausência desta instrução
que sempre nos leva à paz interna e a grandes esperanças de viver. Quem
não teve essa oportunidade não deve esmorecer, pois isto pode ter a sua
causa no abuso do passado, de maneira a ensinar-te a dares valor quando
encontrares de novo as lições, no que se refere à educação moral e à
instrução.
Deus não tem pressa no tempo, feito por Ele mesmo, mas nunca pára para
pensar, porque tudo que sai das Suas mãos já irradia perfeição em todos os
seus aspectos.
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