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AMOR MATERNO
O amor materno é semente divina lançada no coração da mãe, para que ela
possa cuidar com mais eficiência dos seus filhos. No entanto, a razão vem
nos alertar para que não possamos traduzir esse amor em apego, comumente
visto em demasia em alguns pais.
Os animais têm esse amor, na dimensão dos instintos, porém, quando se não
faz mais necessário, eles o esquecem, entregando os filhotes à natureza e,
certamente, aos Espíritos que cuidam dos animais em todas as suas
seqüências de vida. Nas criaturas humanas, esse amor avança mais e por
vezes ultrapassa o túmulo, e mesmo várias reencarnações, principalmente na
personalidade da mãe, onde o coração responde a todas as ansiedades no que
tange ao amor materno, às vezes com uma grande mistura de apego
desnecessário. Mas, a vida vai lhes ensinando que todos somos irmãos. O
amor do animal é instinto; o da mãe, alcançou outra dimensão de vida.
A lei da reencarnação é uma escola de equilíbrio. Enquanto em uma vida
abraçamos como filhos certa quantidade de companheiros, em outra isso já
podemos mudar e termos outros, como também podemos passar a ser filha ou
filho em vez de mãe ou em vez de pai. Essas mudanças têm a finalidade de
educar os Espíritos, no que se refere ao amor.
Nem tanto quanto o animal, nem quanto o homem, mais tarde a intuição
feminina vai vigorar e fazer compreender o coração até onde ele pode ir
com o amor maternal, para que se torne verdadeiro amor universal, como de
Deus para a humanidade. Devemos sempre, nestas horas, buscar Jesus para
compreendermos o que e quando devemos amar ajudando.
Meditemos em Lucas, no capítulo vinte e um, versículo trinta e três, que
assim anotou:
Passará o céu e a Terra, porém as minhas palavras não passarão.
As palavras de Jesus, no que se refere à educação dos povos, não passaram.
Quando Ele estava na Terra, a serviço de Deus, e Sua mãe e irmãos O
buscaram, como foi a Sua resposta? O amor aos pais mudou para o amor a
Deus sobre todas as coisas.
O amor dos pais se limita às necessidades, enquanto o de Deus é sem
limite, por sermos todos iguais, na igualdade do amor que nos criou. O
amor materno, consciente, e o instintivo do animal têm a mesma fonte,
porém, se expressam de formas diversas, de acordo com as necessidades de
quem precisa dele. Deus atende a todos com o mesmo amor, só que cada um
recebe o que precisa receber, na pauta da sua própria vida.
A mãe de amanhã vai reconhecer o verdadeiro amor para com seus filhos,
porque ele, além das necessidades, prejudica e cria dificuldades para o
filho, que deve aprender muitas coisas a sós, sem a intervenção dos pais.
No mundo espiritual notam-se muitas mães sofrendo com as lições que os
filhos devem aprender, desejando, e mesmo pedindo, para que eles não
sofram o que eles mesmos criaram, embora eles precisem passar por
determinados testemunhos. Por vezes, elas são retiradas de perto dos seus
tutelados, para que eles sejam eles mesmos. No entanto, os pais, nos
mundos elevados, não interferem nas provas dos filhos; apenas insuflam
ânimo nos seus corações para que passem por todos os infortúnios com
coragem. Esses pais são felizes, vendo seus filhos vencerem todas as
dificuldades do caminho.
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