FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XVIII

 

Questão 900 comentada

CAPÍTULO 33

0900/LE

COMPROMISSO

 

O ouro, em todos os tempos, foi a arma mais poderosa que chegou às mãos dos homens. Ele está presente em todos os movimentos humanos e é responsável pelos seus desregramentos, contudo, ele é apenas instrumento. O comando nasce na alma que o faz ser benfeitor ou malfeitor da sociedade. Em quase tudo, o dinheiro constitui o meio para a realização dos ideais dos seres humanos.

Existem criaturas que acumulam fortunas para que seus herdeiros fiquem "bem" e mostrem aos outros a sua descendência. Esse é um mal em forma e aparência de bem. Aos pais foram dados esses meios para educar seus filhos, e o que sobrar, ajudar aos necessitados, aos famintos e nus.

Jesus nos mostrou o que fazer com os bens materiais, fazendo Seus discípulos desprenderem-se do que tinham, se desejassem segui-Lo. E ainda disse com veemência: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Por que prender-se aos bens materiais, se a vida na Terra é breve? Ele mesmo disse: "E se amanhã o Senhor chamar a tua alma, para quem fica?"

A melhor riqueza da vida são as qualidades espirituais, as virtudes acumuladas. Mesmo assim, deves passá-las para os outros em forma de exemplos, como sendo o amor, a verdade e a caridade. Assim fazendo, a vida te compensará com o que deres aos famintos de justiça e de paz.

Quem deseja acumular riquezas materiais fica preso a elas, que nada lhe valerão no mundo da verdade. Ainda mais, quando as leis se modificarem, de modo que não possamos mais acumular riquezas quando na carne, o que faremos do dinheiro? A vida tem mudanças constantes; isso é o progresso e existem muitos Espíritos chumbados aos bens terrenos, presos a eles pela lei de atração, pensando e sentindo que é seu patrimônio, sofrendo as conseqüências dessa prisão.

Por vezes, a reencarnação os leva para outro extremo, para concretizar em seus destinos o desprendimento e aprenderem como usar a economia de Deus. Quando a reencarnado faz justiça no seu caminho e passam a sofrer o que fizeram, muitos têm pena dessas criaturas, mas o Evangelho responde, na palavra de Jesus, anotada por Lucas, no capítulo dezessete, versículo vinte e cinco:

Mas importa que primeiro ele padeça muitas cousas e seja rejeitado por esta geração.

E acrescentamos, para que aprendam a usar a economia divina que Deus pôs em suas mãos. A responsabilidade é muito grande,. para quem se destina a ser tutor dos bens da vida. O compromisso no bem é inspiração da luz, e quem não cumpre seu dever se encontra norteado pelas trevas, padecendo as conseqüências do seu desleixo.

Cumpre entender, principalmente os espíritas, a vida que flui de Deus, que usa seu instrumento mais puro do mundo, que é Jesus. Certos compromissos são feitos pela má consciência, nos fala "O Livro dos Espíritos". Se queres ser bem orientado, busca a oração e não deixes de lado o Evangelho, para que não entres em novas tentações.

Aquele que acumula haveres sem os objetivos que a caridade inspira, está sujeito a voltar à Terra muitas vezes, com fardos pesados e jugos de difícil suportação.

Tem cuidado com as riquezas; aprende a conduzi-las sem que a usura te corrompa a fé, nem a fé se transforme em egoísmo, querendo somente o teu bem-estar e o dos teus. A economia divina é de Deus, conseqüentemente, patrimônio comum a todos os seres. O apego representa cadeia da qual o coração demora a se livrar e a consciência sofre o magnetismo tisnado no mau comportamento.

 

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