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O DESTINO DA ALMA
No que se refere à própria felicidade, parte bem considerável pertence ao
Espírito. Somos obreiros da nossa paz, não obstante, devemos obedecer à
leis criadas por Deus.
As leis foram feitas devido à ignorância e quando estivermos envolvidos na
maturidade espiritual, as leis humanas deixarão de existir para nós,
porém, as leis maiores que vibram na nossa intimidade passarão a nos guiar
para sempre.
O destino da alma é ser feliz, é amar em todas as dimensões em que se
possa engrandecer cada vez mais. A Doutrina Espírita, juntamente com
Jesus, que é seu sustentáculo nos oferece, tanto na carne quanto no mundo
espiritual, meios e métodos para verificar a nossa maturidade.
Despertando-nos para a vida real, a verdade começa a surgir nos nossos
caminhos, nos dando mais segurança no avanço espiritual.
Certamente que na Terra não existe felicidade na maneira que a ideamos, no
entanto, a felicidade relativa existe, com o conhecimento desse ambiente
de luz. Os benfeitores espirituais que se comunicam com os homens deixam
traços dessa felicidade no que falam, escrevem e inspiram os homens para o
bem comum.
Nada existe separado de Deus. Ele, o Magnânimo Senhor, está ligado à Sua
criação em todas as faixas de vida, nos ofertando paz e inspirando amor,
nos ensinando a caridade e mostrando como deve ser a vivência da
fraternidade.
Desde quando tomamos um corpo físico, a influência da matéria já nos
impede a felicidade, no entanto, é nela que formamos a base de bem-estar
grandioso. Se não existe a felicidade na Terra, nela ficamos sabendo da
sua existência nos planos elevados, e a maior alegria é que depois de
alcançarmos este estado d'alma, nunca mais regredimos. Na Terra há
momentos felizes em todas as áreas, como que as explosões de luz da
Divindade, a nos falar do verdadeiro bem-estar que devemos, com o tempo,
conquistar.
O reino do mundo está dividido entre a luz e as trevas, então, ele não
pode subsistir. As variações são inúmeras, sem a devida segurança
espiritual.
Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode
subsistir. (Marcos, 3:24)
É o que se passa no planeta: os próprios homens têm sentimentos bons e
maus. Eles se misturam, se dividem; assim, não pode subsistir a verdadeira
felicidade. No entanto, com o tempo, na força do Cristo, o mal vai ficando
escasso e o bem, na forma do amor, vai dominando os corações. é desta
forma que vai chegando ao coração do homem a felicidade.
Depois do Cristo, passamos a acreditar na felicidade, naquele paraíso que
devemos encontrar dentro de nós. Nesta transformação interior, o exterior
deve corresponder às mudanças. Somos responsáveis pelos nossos destinos,
de certo modo. Depois de Deus, somos nós que devemos construir a nossa
vida.
Somos punidos pelas infrações que cometemos, como sinal de que não devemos
continuar nos caminhos do erro, no entanto, nesse caminho extraímos
excelentes lições sobre as leis de Deus. Se não sabemos ao certo o que é
falta nos princípios da nossa vida, devemos aprender à nossa própria
custa. Todos passamos por essas vias; são como as escolas para as crianças
aprenderem o que não sabem e, por vezes, não querem.
Nada se faz sem a permissão de Deus. Medita nisto e verás como flui a vida
em todas as direções que o amor nos faz verificar. Aparentemente, o mal é
caminho para o bem, e ficarás sabendo mais tarde que não existe o mal, mas
apenas mudanças favoráveis ao bem. O destino da alma traçado por Deus é um
bem-estar indizível que se chama felicidade.
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