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FELICIDADE RELATIVA
Algo de felicidade na Terra existe, como marca da sua existência nos
mundos venturosos, todavia, ela tem uma escala que deve ser obedecida nos
caminhos humanos. Cada criatura a vê por um prisma e a sente na
diversidade que a evolução ou despertamento lhe mostra.
A felicidade, com relação à vida material, são os bens terrenos, onde não
falta o necessário. Em se falando da vida moral, é a tranqüilidade da
consciência, aquela que não se perturba com os acontecimentos transitórios
do mundo exterior.
Se queres sentir a existência da felicidade, deves cultivar a fé, que
sempre tem sua base na oração, onde não podem faltar a sinceridade, a
honestidade e a caridade.
A humanidade caminha para um desfecho, de modo a surgir sempre o melhor.
Deus, pela presença do Cristo na Terra, sabe fazer o aproveitamento de
todos os acontecimentos. A própria história nos dá exemplo disso no
passado. Tudo forjado pelos homens passa a ser lições para os mesmos, sem
que haja perda para ninguém. País algum destrói seu irmão.
A lei de amor nos fala pelos fatos, que colhemos tudo o que plantamos, na
seqüência da lei de justiça. Não existem países subdesenvolvidos que são
massacrados pelos outros de maior capacidade bélica e financeira? Cada um
recebe igualmente o que merece na pauta da vida. Tudo redunda em lições
que lhes compete receber, e cada um no mundo tem a sua glória com que deve
ser coroado.
Não há perdas; há sempre ganho, por ter Deus onisciência do que fez e do
que deverá acontecer. Não há passado, nem presente, nem futuro: o Senhor
se encontra no eterno presente. Compete a todos nós estudarmos,
trabalharmos e aprendermos, porque a nossa vida é a vida de Deus,
irradiando-se em todas as direções.
As nossas vidas se encontram amalgamadas na vida do Todo-Poderoso. Não há
condições, por enquanto, de expulsar as trevas da Terra, por existir ainda
trevas dentro de cada alma. Neste sentido, podes estudar o que anotou
Marcos:
Então, convocando-os Jesus, lhes disse, por meio de parábolas:
Como pode Satanás expelir a Satanás? (Marcos, 3:23)
Se o homem está cheio de trevas, como pode expulsar as trevas do mundo?
Primeiramente é preciso limpar o interior para que o exterior se limpe sob
as bênçãos do Senhor, Deus Todo-Poderoso. Se falamos de paz, mas não a
temos, se falamos de caridade e não a praticamos, se falamos de amor e não
vivemos o amor, como pode aparecer entre os homens a paz universal, a
tranqüilidade de consciência?
A Doutrina dos Espíritos, na feição grandiosa de Jesus na Terra e da Sua
volta majestosa, vem ajudando os homens a falar e a viver, a viver e a
sentir, a sentir e a ser, a fundir-se como ovelha do rebanho do Pastor
Incomparável, ouvir a Sua voz e acompanhá-Lo nos Seus caminhos, buscando a
verdade e a vida.
O mundo e a humanidade podem adquirir, em breves tempos, todo o conforto
material, de modo a nada lhe faltar em relação à vida física. Mas, ainda
falta algo mais importante para sentir: a felicidade, que é a
tranqüilidade imperturbável da consciência. é o cumprimento da lei de
amor, que somente nos dará o ambiente do céu, quando passarmos a viver
Deus na nossa intimidade do coração.
A felicidade cresce em cada criatura, com o seu crescimento cristão e na
sua pureza original. Compete a cada um esforçar-se para arrancar o joio no
momento exato, e adubar o trigo na hora certa. Aí começam a surgir, na
lavoura da alma, novas esperanças quanto às promessas de Jesus, das
grandes bem-aventuranças, aparecendo nos céus da alma o céu de Deus.
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