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FELICIDADE NA TERRA
Há muitas mensagens dizendo aos homens que não existe felicidade na Terra
ou, melhor dizendo, que não existe felicidade em relação à vida humana. No
entanto, essa felicidade existe na computação de valores.
O Espírito notadamente é rico interiormente, por ser obra de Deus, porém,
os valores de que falamos estão em estado de inércia, de modo que o tempo
possa despertá-los no ambiente de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A humanidade se encontra passando por fase de transição, onde o homem é
bom e mau, sorri e chora, abençoa e maldiz, alegra-se e alimenta a
tristeza, ama e odeia, perdoa e vinga, e assim por diante. É por essas
condições que não há lugar para a felicidade, todavia, sabe-se que ela
existe, principalmente o espírita e demais espiritualistas.
A nossa grandeza, como sentimos, é em dizer que Jesus é o caminho da nossa
felicidade, é a vida para a nossa felicidade, é a verdade que nos mostra a
felicidade. No mundo terreno, nós encontramos o homem que tem saúde e
depois sofre, outros, com muitos haveres materiais e sofrendo a falta do
necessário. Eis porque o ambiente terreno turva o coração no que se diz do
bem-estar e da tranqüilidade da consciência. Mas, estamos andando rumo à
paz interior, e estamos muito alegres por ver e sentir muitos investidos
na carne já trabalhando na intimidade da consciência e do coração para o
aprimoramento individual, combatendo a desarmonia interior, para que haja
lugar para o sol do amor.
Em tudo é preciso que haja equilíbrio. A riqueza em demasia pode provocar
distúrbios incontáveis, e a pobreza, do mesmo modo. Todas as duas posições
nos mostram insatisfação, de maneira a criar instabilidade nos caminhos a
percorrer. O que se encontra mais ou menos feliz, sentindo mais de perto
que existe a paz, é aquele a quem nada falta para a sua vida material, mas
que não comete o desperdício da economia divina pelas suas mãos.
Falamos aos ricos que devem saber usar seus bens materiais. Condições para
tanto existem em toda parte, e aos pobres, que confiem em Deus, que Ele, o
Senhor do Universo, tem tudo com abundância e nunca dá pedra àquele que
pede pão. Sê tolerante e paciente em todas as situações, que Ele sabe o
que fazer em teu favor e ninguém fica órfão na Sua grande casa, onde todos
somente recebem o que merecem para a educação espiritual.
Quase sempre as faltas que sofres são por culpa dos que sofrem essas
privações por não saberem respeitar as leis de harmonia. Tudo o mais
constitui processo de despertamento espiritual. Ainda precisamos muito da
dor, pois ela acorda em nós valores que depois nos farão agradecer a sua
cooperação divina.
Neste amanhecer da alma, o que se passa nos nossos caminhos é para nos
levar para a verdade que sempre nos liberta. O Espírito deve se empenhar
no esforço próprio, que ele tem a força de aliviar o fardo e suavizar o
jugo. A Doutrina Espírita tem ajudado muito aos que se interessam por ela,
facilitando os meios da alma educar a si mesma e compreender as leis que,
na sutilidade da vida, regem a toda a humanidade.
Se o teu sofrimento, se os teus infortúnios e a tua dor forem ocasionados
por outros, não deves esmorecer por isso, nem condená-los, porque sofrerás
o equivalente do que precisas para enriquecer a alma, despertando em
seguida a fé e o amor em teu coração. Aquele que te fez sofrer responderá
pelos seus atos, hoje ou amanhã, no entanto, se desejas que ele pague pelo
que fez, também pagarás com ele, porque somente existe um juiz na justiça
divina: Deus.
Sê cauteloso nos teus sentimentos, na averiguação dos teus sofrimentos;
eles são mensagens que vêm ao teu coração no silêncio da natureza.
Também soldados lhe perguntaram: E nós, que faremos? E Ele lhes disse:
A ninguém maltrateis, não deis denúncia falsa, e contentai-vos com o vosso
soldo. (Lucas, 3:14)
Essa resposta de Jesus aos soldados daquela época serve perfeitamente para
todos os trabalhadores de hoje, lhes dizendo que se contentem com o seu
soldo. Quanto mais revolta, mais dificuldades passarão todos os povos, e
"a ninguém maltrateis", é um aviso de que devemos amar.
Pensemos nisto, que outras advertências virão para a nossa felicidade.
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