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PERDA DOS ENTES QUERIDOS
A perda dos entes queridos, para os que ficam na carne, de certa forma
transforma-se em dor, mais adiante, porém, pela compreensão que o
Espiritismo dá, ela passa a ser alegria, por saber-se que a vida continua.
Ninguém morre; somente se deixa de ver a forma, no entanto, a essência
permanece viva, mais viva do que se pensa. O que se chama morte é apenas
uma força transformadora de mais vida. Já pensaste nas conseqüências, se
ninguém desaparecesse por esse processo? O que seria do mundo? Não se
troca de roupa sempre? Por que a alma não pode trocar suas vestes de
tempos em tempos?
Para viver melhor, devemos nos acostumar com essas mudanças, que esse
costume nos levará à verdadeira paz e poderás ajudar a todos aqueles que
se encontram a passar por esse transe, da Terra para os planos mais
elevados da vida. Todos nós já passamos várias vezes pelo transe de vestir
a carne e de desvesti-la como velho trapo e devemos sempre agradecer a
Deus pelas oportunidades oferecidas a nós.
O corpo é uma esponja que transforma o magnetismo inferior da mente que
ainda não atingiu a harmonia desejada e canaliza para a Terra esse
drástico corrosivo, que por vezes faz crescer as plantas e dar vida a
outras vidas, que ainda inconscientes transitam no escuro do solo. Nada se
perde, na extensão infinita da vida. Essa consciência nos dá coragem e nos
faz sentir Deus trabalhando por toda a natureza humana e divina, para que
a alma cresça cada vez mais, reconhecendo a sua paternidade, e
libertando-se dos caminhos tortuosos por que haveria de passar em todas as
existências, pela lei da reencarnação que vigora em todos os mundos.
Se pensas que, quando um ente querido morre, o estejas perdendo, saibas
que se dá o contrário: estás ganhando um amigo no plano do Espírito, e nós
te pedimos de coração que faças por ele o que puderes nas suas provações,
segundo o que o amor te pode inspirar, pois também deverás passar pelos
mesmos caminhos do que parece morte, para ganhar mais vida e mais
consciência da criação de Deus e ter Ele próprio a nascer ou se fazer mais
presente dentro da tua alma.
A dor que se sofre com a perda dos entes queridos, todos passam, pobres e
ricos. No entanto, os que sofrem mais são os mais ignorantes acerca da
espiritualidade. Mais uma vez devemos repetir o que o Cristo disse:
Conhecereis a verdade e ela vos tornará livres. Aquele que conhece o
destino da alma não vai sofrer com isso e, sim, alegrar-se, por ter ela
voltado para a pátria de onde veio, levando experiências e tornando a
entrar em novos cursos, para voltar depois para as lutas que a Terra
oferece.
Somente crescemos começando de baixo e a carne é a primeira escola, onde
aprendemos o abecedário da espiritualidade maior. No mundo espiritual, nos
enriquecemos de teoria, e na Terra passamos à prática do que aprendemos
pelo coração.
Aos que ficaram sem os seus entes queridos, existe uma consolação que a
Doutrina dos Espíritos lhes dá: a de comunicarem-se com eles, ou com
outros de formas diferentes. São milhares e milhares de mensagens que
descem do céu à Terra todos os dias, afirmando que não existe a morte,
talando da reencarnação e da comunicação com os seus entes queridos e dos
benfeitores da espiritualidade maior que, além de consolar, aparecem
instruindo os encarnados acerca de tudo que precisam para viver bem. A
literatura espírita vem trazer a Verdade ao mundo, por ter Jesus à sua
frente, inspirando Seus novos discípulos para dizerem e viverem essa
verdade.
Saíram, pois, da cidade e vieram ter com Ele. (João, 4:30)
Precisamos sair da cidade poluída das nossas preocupações e vir ter com
Jesus neste encontro de maior entendimento, para aprendermos a amar,
porque somente esse amor com Ele nos leva à paz de consciência. A própria
sabedoria, para ser divina,deve nascer do amor. Se amarmos a Deus em todas
as coisas, esqueceremos as perdas temporárias, por ser a vida eterna e
sermos todos irmãos.
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