0944/LE
DISPOR DA VIDA
O homem não tem o direito de dispor da sua vida física. Ele tenta
destruí-la, no entanto, não consegue e ilude a si mesmo, pensando, por
momentos de inquietação, em entrar na paz que supõe encontrar. Ninguém
destrói o que o Criador planejou e fez. O melhor para todas as criaturas é
procurar obedecer aos ditames da lei que nos rege a todos.
Deves sair da ociosidade e ajudar aos outros. Ela inspira aos seus servos
esse desastre de mudança forçada que é o suicídio, fazendo-os chegar à
espiritualidade por portas inconvenientes, tendo de retornar à carne em
duras provas, capazes de conduzir a alma a situações dolorosas. Quantas
dessas não estão no mundo passando por experiências terríveis, por causa
de simples pensamentos do passado, que foram se avolumando, chegando ao
ato do suicídio?
Pensar é acumular idéias, e idéias acumuladas são como uma fala constante
aos ouvidos, na acústica mental. Aos homens e mulheres que já cometeram
essa loucura, não temos nada a falar. Serão as próprias provas que irão
lhes dizer, mas, às criaturas que não chegaram a essa distorção dos
poderes da alma, dizemos que devem meditar em Deus, procurarem amar ao
Senhor, vendo no próximo a sua própria continuação, e mudarem de vida,
procurando um trabalho honesto, que esse labor poderá lhes inspirar a
alegria de viver.
Sabemos que o louco que se mata não sabe o que faz; a vida ou
despertamento espiritual tem dessas coisas que só o futuro poderá explicar
melhor, pelo preparo que cada um haverá de ter, dos próprios sentimentos
espirituais.
A culpa no suicídio é de conformidade com os sentimentos e evolução das
pessoas. Não existe suicídio que se iguale aos outros; cada um tem a sua
resposta da natureza, para o aprendizado do infrator. Não podes dizer: "A
vida é minha, faço o que desejar com ela". A vida, como todas as coisas,
pertence ao Criador. Ele pode fazer o que desejar dos Seus filhos; para
Ele não existe infração às leis, pois Ele é o Criador de todas elas. Ele é
o Legislador Divino.
Aos companheiros que já pensaram em suicidar e aos que ainda pensam,
aconselhamos que procurem ocupação nobre. Se não precisam trabalhar para
viver, procurem fazer o bem aos que sofrem, que essa caridade os salvará
de todas essas insinuações malfeitoras. Não sejamos insistentes no mal;
procuremos sempre o bem, que esse bem vem ao nosso encontro.
A índole de matar se encontra dominando os pensamentos humanos. As
próprias divisões das nações e de terras parecem um estímulo,
principalmente quando invadidas, para as matanças. A violência gera
violência, e os resultados são nefastos, com conseqüências geradoras de
dores maiores. Quantos se encontram em todos os países, sofrendo os
efeitos de ações passadas em guerras fratricidas? São incontáveis. Jesus
veio à Terra para por um ponto final nessas agressões, mas, por enquanto,
os nossos irmãos não entenderam a mensagem do Mestre de paz a todas as
criaturas. É preciso que Ele volte? Verdadeiramente dizemos que Ele já
voltou, e a mesma humanidade não O reconheceu, como muitos que ainda O
esperam.
Devemos procurar o reino de Deus e a Sua justiça, que o mais virá a nós
pelas vias da misericórdia. Tirar a vida é ilusão, e aceitá-la Como Deus a
fez é realidade que nos traz a paz ao coração e a tranqüilidade à
consciência.
Então lhe perguntou Pilatos:
Não ouves quantas acusações te fazem? (Mateus, 27:13)
Mesmo que ouças tantas acusações quantas queiram te fazer, não mudes a tua
idéia do bem e de viver, pois, foi esse o exemplo que Jesus deu à
humanidade, o de cumprir Seu dever no mandato que o Pai Lhe entregou, para
ser o Guia da humanidade na Terra e no céu da própria Terra.
<< Voltar à Página da Questão (L.E.) <<