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FUGINDO DA FALTA
O suicídio verdadeiramente não apaga a falta cometida; ele abre novas
fontes de sofrimento para a alma. é preciso saber que não podemos, de modo
algum, infringir a lei natural, pois a vida tem regras e nos compete
obedecê-las.
Deus é bondade e todos somos Seus filhos. O Senhor nos dá todos os meios
de viver bem, mas, no que nos toca fazer, por nossa conta, quase sempre
saímos das linhas traçadas pela harmonia. Daí, respondemos pelo plantio
mal executado no solo que fecunda tudo que é jogado no seu seio.
Cada suicídio tem uma causa, e cada uma é julgada pelas intenções, no
entanto, todas são corrigidas para que não venhamos mais a cair em outras
tentações. A vida, já falamos em outras vezes, tem aspectos que somente
mais tarde viremos a conhecer com mais profundidade. A verdade só pode ser
dita com relatividade, o tanto quanto possamos suportar. Somos corro
crianças, que somente podem ouvir as coisas de crianças; depois que se
tornarem adultas, vão ouvir assuntos de adultos.
Quando se tem a coragem de praticar o ato de tirar a vida, porque não se
tem a mesma coragem de assumir as conseqüências de atitudes errôneas?
Falamos a todos que queiram ouvir, que se apeguem à oração todos os dias e
tenham fé, que essas duas forças, aliadas à caridade com Jesus, os
livrarão de todas essas distorções das leis da vida e da conservação da
vida. Outra falta não apaga a primeira; passando a haver duas complicando
mais a situação do viajor.
Todos, quando na carne, sempre temos momentos de aflições, por ser esse o
processo de despertamento espiritual de todas as criaturas. Nesses
momentos, devemos nos lembrar de Jesus, que Ele, como força invisível de
amor, nos auxiliará, erguendo-nos para a fé e a resistência espiritual.
Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo:
Erguei-vos, e não temais! (Mateus, 17:7)
Quando envolvidos nas forças negativas, procurando o Mestre no silêncio da
oração, podes igualmente ouvir o Senhor a te falar, recebendo d'Ele
energias para que possas resistir às influências do mal. O Mestre está
sempre presente onde haja sofrimentos.
A Doutrina dos Espíritos, com a sua relevância de preceitos luminares, vem
te dizer que não temas a vida, nem os tropeços dos caminhos, em que te
encontras a percorrer. Eles são necessários no aprendizado. Os contrastes
são lições para a realidade. Na altura evolutiva da humanidade, ela
somente procura o amor, pelos sofrimentos que o ódio traz; anseia pela
paz, diante do processo das guerras; enfim, busca o bem, quando encontra o
arrocho do mal.
Fomos todos criados para a felicidade, e nisso deves pensar, no entanto, a
Inteligência Divina, nos deu uma parte para ser feita, a qual devemos
aprender a viver, em todas as circunstâncias, com amor. Quando vier à tua
mente a vontade e o pensamento na morte, pensa na vida, medita em Deus e
em Cristo. Olha as belezas da criação, começando pelas coisas simples, que
têm o mesmo valor das outras. Observa o mínimo, que é igual ao máximo, que
sentirás a vontade de viver. A alegria pura assomará no teu coração,
fazendo-te romper para frente, pois Deus sempre se encontra ao lado
daqueles que queiram ser ajudados.
Esforça-te todos os dias para a tua própria paz e avança nas diretrizes do
amor, que a felicidade, se ainda não existe na Terra, é uma realidade para
o futuro. Todos os dias temos notícias da sua existência, que deve
desabrochar na intimidade do nosso coração e da nossa consciência.
Não vale a pena se matar; vale, sim, viver. Respeitemos o que Deus nos deu
por amor, o corpo físico e demais corpos, em várias dimensões. Quando
agredimos um, danificamos os outros.
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