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SUICÍDIO POR APEGO
O suicídio por apego é um tanto ou quanto possível por obsessão, sendo
praticado às vezes por sugestão. Deus não pode aceitar determinação do
homem; Ele, o Todo Poderoso, é que faz as leis e não pede aos Espíritos
opiniões sobre os destinos dos seres.
Matar-se por querer unir-se a outrem, por apego ou ciúme, é ignorância que
não corresponde à lei, que nos ordena esperar até o dia em que a bondade
divina queira. Tirar a vida em busca de companhias espirituais é violentar
o modo de atingir os destinos. A culpa é bem grande e o castigo também,
sendo que, em vez de nos juntarmos aos ser que pretendíamos encontrar,
podemos passar maior tempo distanciado dele, corrigenda essa que nos educa
para o futuro, visto que ficará na nossa consciência a lembrança e nunca
mais praticaremos essa invigilância.
Muito diverso do que se espera, é, pois, o resultado que se colhe, quando
praticamos esse ato indigno. Iremos em sentido diverso ao que almejávamos;
em vez de nos reunirmos com o objetivo amado, passamos para o outro
extremo, dificultando ainda mais a união.
É justo e meritório que soframos a perda do ente querido com paciência,
trabalhando e amando, entendendo a caridade e fazendo-a aos nossos
semelhantes, perdoando os companheiros, esquecendo suas faltas e
procurando, com isso, ir aparando as nossas próprias arestas, para que no
dia em que formos chamados para o mundo espiritual possamos, se não nos
juntarmos ao ente querido, pelo menos auxiliarmos com as nossas
possibilidades, que ganhamos pela educação e respeito às leis de Deus.
Já falamos alhures muitas vezes que ninguém engana a Deus. Ele, o Supremo
Mandatário do universo, está presente em todos os lugares, por poderes que
por vezes duvidamos.
Porém, muitos primeiros serão últimos, e os últimos, primeiros.
(Mateus, 19:30)
Os que buscam por meios ilícitos fugir da vida para encontrar os que lhe
são caros no mundo espiritual, como primeiros serão os últimos, e o
últimos, por terem tido paciência de esperar, serão os primeiros a
reencontrarem aqueles que partiram para o mundo espiritual.
Não deves romper a divisa entre os dois mundos pela violência; esperar o
dia marcado por Deus é o mais acertado, se queres paz na consciência. O
que podes ou queres fazer sem a ajuda de Deus? Nada, pois para tanto Ele
faz leis, no sentido de lhes obedecermos e o obediente é sempre feliz. A
criatura que não pode se conformar com a perda do companheiro ou
companheira, filhos ou parentes, e pratica o suicídio, passa a ser covarde
e a covardia assinala ignorância, sendo o resultado drástico para quem o
pratica.
Cuida da tua vida na Terra, observando as leis naturais que regem o corpo
físico; pois ele é um tesouro que Deus te deu, capaz de te mostrar o
caminho certo para a paz de consciência. Não percas a paciência com
possíveis acontecimentos; resiste a tudo com ponderação, trabalhando
sempre no bem comum, de modo que o amor seja a tua baliza, na vida e mesmo
na morte.
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