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A CIÊNCIA HUMANA
A ciência tem condições de ajudar a revelar certos segredos da natureza,
porém, dentro dos limites que a evolução humana comporta. Observando a
própria história universal, nela encontraremos os grandes feitos de
cientistas, por vezes, verdadeiros mensageiros do bem. Negar o valor da
ciência é negar os próprios esforços dos homens por melhores dias,
entretanto, Deus não está preso às limitadas condições dos seres humanos.
Ele revela o que achar conveniente, pelos canais que desejar falar, e
esses fatos são reconhecidos no mundo todo. Grandes descobertas surgem
como se fossem por acaso e, pela roupagem abstrata do acaso, esplendem a
força e a inteligência do Espírito. Eis aí a mediunidade em função
benfeitora, a comunicação dos Espíritos entre os dois mundos!
Embora a razão apresente as suas faltas, ainda assim, em todos os campos
de atividade é ela quem move a ciência que em muitos casos aceita mentiras
no lugar da verdade e vice-versa. Os seres encarnados, e mesmo os
desencarnados, que vivem na mesma faixa evolutiva, não precisam se
preocupar com a seleção das coisas verdadeiras, pois elas aparecem à luz
das boas intenções e no esforço permanente em busca do melhor.
Já falamos alhures que a verdade é relativa ao tamanho espiritual de cada
criatura. Deus, se quiser, poderá fazer conhecer a verdade mais acentuada
por pessoas ignorantes, que passam a ser o instrumento da verdade pela
influência do Senhor. Todavia, quando Ele acha conveniente, procura os
meios científicos, e adota a linguagem sofisticada para falar aos doutos,
e levá-los a auxiliar os sofredores na retaguarda.
Abençoemos a ciência humana, sem nos esquecermos do poder intuitivo das
almas. Quando se aliam essas duas forcas a serviço da coletividade,
aparece a luz beneficiando todos. As investigações científicas têm
melhorado muito o homem. Há como que um preparo para a luz do entendimento
que tem consumido vidas e mais vidas em favor dos próprios homens e vai
conduzi-los a uma lógica, que não deixa de ser igualmente uma grande
ciência. Religião e ciência não são incompatíveis. Elas, no fundo, gritam
pela junção, porque o que falta em uma, a outra completa. O orgulho, a
ignorância e o fanatismo é que fizeram os homens separarem a ciência da
religião. Mas em futuro próximo iremos assistir à união destas duas forças
da vida, para a melhoria das vidas que circulam na Terra.
Os homens têm recebido dádivas em profusão no sentido da descoberta. Elas
estão em suas mãos. Necessário se faz que aprendam a usar bem essas
bênçãos de Deus, doadas à humanidade por amor e misericórdia. As vias
mediúnicas têm ofertado uma filosofia altamente espiritualizada, renovando
todos os conceitos errôneos que fogem das linhas do amor verdadeiro e da
caridade promissora. Estamos cercados de grandes tesouros, que podemos
usar em todos os caminhos que porventura trilharmos, para que se
estabeleça no mundo o reino de Deus.
Usa da ciência, se isso for do teu agrado, e faze o bem. Usa da religião,
se te convier, e pratica a caridade. Usa do amor na sua plenitude e
ilumina todo o instrumento da tua evolução, que o Senhor sempre estará
presente nas tuas investigações e purificará a tua fé. Nada existe que
Deus não queira, mas, é justo e elegante que te revistas de bom senso,
para usares com equilíbrio aquilo que foi colocado em tuas mãos. Até o
próprio veneno, em doses vigiadas, é remédio salutar, enquanto o ignorante
faz trabalhos compatíveis com a sua posição, na esfera da criaturas.
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