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DEUS E O UNIVERSO
O termo DEUS é a partida para todos os assuntos, é a gênese de todo
existir, e o universo é o seu trabalho, é o seu "corpo ciclópico" que fala
para todos nós, mais de perto, da grandeza do Criador.
Deus é uma causa invisível, mas real. Constatamos sua existência pela sua
criação visível, com o que apalpamos e enxergamos. Crer em Deus é função
da inteligência. A própria ciência já não pode andar mais sem a convicção
da existência de uma força superior que conduz e sustenta todos, na maior
expressão que se pode ser. O que a história universal nos oferece está
fora dos limites da percepção comum dos homens, os segredos, a ciência, a
filosofia e a religião que se constatam no saber são sobremaneira
avançados no sistema que a sabedoria nos expõe para que possamos entender,
ou começar a entender, os primeiros passos da grandeza universal.
É tão amplo o campo de conhecimento na Terra, que está para nascer nela um
homem que conheça todas as coisas em um só conjunto de sistema
doutrinário. As divisões existentes em tudo o que se sabe, são para
facilitar a compreensão de tudo que se quer aprender. E neste sentido que
a medicina, o direito, a mecânica, a religião e a própria cultura se
dividem em variadas especialidades. Tudo se divide para ser melhor
compreendido e disseminado e para entendermos melhor. Se enchêssemos um
saco de letras do alfabeto, nunca entenderíamos o seu grande objetivo, ao
passo que se as ordenarmos com inteligência, divididas na harmonia que a
mente determina, compreenderemos a sua incomparável missão de instruir as
criaturas. Deus dividiu o seu saber pelas leis que determinou, e fez
nascer o universo.
Homem algum é capaz de alcançar, e mesmo sentir, o que é a grandeza da
vida universal. Mesmo da Terra, em que estagia, a mente humana não tem
condições para sentir a sua extensão, visualizando as águas, os mares, as
matas, as árvores, o ar, a luz, as trevas, o fogo, os minerais, os animais
e eles próprios, cada um com o seu dever específico de acordo com a sua
missão e os seus limites. Para tanto, os mesmos homens criaram as leis, e
na intuição fizeram uma cópia das leis naturais, não tão perfeitas quanto
elas, por não suportarem sua harmonia, mas nessa cópia, é que poderão
viver mais ou menos em paz na Terra que habitam por misericórdia de Deus.
O universo não é Deus, no modo que muitos pensam ser. Ele está ligado ao
Criador por fios que desconhecemos, por enquanto, porém é obra das suas
mãos, na ternura do seu magnânimo coração. Deus fez tudo em perfeita
harmonia, por ter em evidência o atributo do Amor. É bom que comparemos as
coisas da Terra, no sentido de compreendermos a separação do Criador com
as coisas criadas, separação no sentido de entendermos que uma não pode
ser a mesma coisa que a outra.
Se no planeta em que vivemos não existissem homens inteligentes, estaria
tudo dentro do padrão primitivo, mas, como existem há milênios, os seres
capacitados de razão, encontramos grandes obras que revelam os criadores,
porque, por si só elas não se fazem.
Essa é a equação que devemos dominar, para reconhecer a existência de um
Criador fora da criação, com a sua personalidade diferente, com a sua
existência própria, a fazer leis, a construir mundos e sóis, estrelas,
galáxias e universos sem conta, que fogem à capacidade humana e mesmo às
espirituais.
A mente do homem é insignificante, em comparação com a mente divina, mas
pode tornar-se gigante, se ela for obediente aos preceitos organizados
pela fonte criadora. E, ainda mais, se o universo existisse de toda a
eternidade, como Deus, não poderia ser obra sua. E se ele está submetido
às leis, ele não tem vontade própria qual Deus, é uma mecânica dirigida
por uma sabedoria, e esta é esse Deus de que falamos e que todos sentem na
profundeza da consciência.
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