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APARECIMENTO DO HOMEM
Até então não podemos determinar a época em que surgiu o homem na Terra,
bem como os seres vivos em geral. Essa data se perde nos arquivos da
natureza. Somente é dado revelar aos homens aquilo que se lhes pode falar.
A evolução é um livro que vai se abrindo aos poucos, para aqueles que
crescem pela força do progresso. O que se pode fazer é uma estimativa,
como sempre. A idade é como se fosse um registro humano, as barreiras se
interpõem à vontade e nos perdemos nas nossas deduções.
Somente sabemos que o homem é o ser mais novo na casa terrestre. Ele é,
pois, a herança de gigantescos esforços da natureza, que vem subindo de
degrau a degrau, assinalando a sua posição como tipo aprimorado no
laboratório da vida. Nós estamos em época de ganhar tempo e fazer crescer
a fraternidade na Terra. Se nos empenharmos somente em conhecer os
primórdios dos nossos ancestrais, se somente nos preocuparmos com as
ciências que nos levam a conhecer o corpo somático, diminuiremos os nossos
conhecimentos sobre a alma, dos quais tanto carecemos. Procuremos estudar
o Espírito e, por vezes, seus corpos que lhes servem de instrumentos na
grande jornada evolutiva. Que as outras ciências fiquem para depois,
depois que aprendermos a amar e a reconhecer a necessidade de servir.
Quanto mais se descobrem remédios no mundo físico, mais surgem doenças e
desequilíbrios. Remédios podem servir para remediar as situações, enquanto
não se conhece a verdadeira fonte dos infortúnios. A medicina oficial se
esqueceu e ainda não tem condições para diagnosticar as causas verdadeiras
de todas as doenças, para então encontrar o remédio eficaz, de
todas as enfermidades. Será que não é melhor procurar saber quando é que
apareceu o ódio na Terra? Iremos assombrar-nos com a sua idade e esse medo
nos levará a combatê-lo pela raiz. Assim seria com o ciúme, a inveja, a
maledicência, etc.
Todos sonhamos com um paraíso terrestre e espiritual, para nós e toda a
humanidade, mas esquecemos que esse paraíso haverá de ser conquistado,
formado dentro de nós, para que ele se enraíze por fora. Não podemos ser
felizes com a infelicidade alheia. Qualquer coisa que estivermos
desperdiçando, provocará falta em algum lugar. O homem espiritualizado tem
o dever de orar, pedindo na súplica a ajuda de Deus, para que ele possa
fazer o que deve ser feito.
Esse desequilíbrio que notamos na economia de uma nação, e certamente na
Terra, é prova evidente dos desequilíbrios das criaturas. É o c arma
pesado, individual e coletivo, da humanidade. A solução é a mudança de
costumes dos homens, é a transformação dos conceitos da vida, é começar na
grande escola que existe e que se chama lar. Ele é, pois a célula que pode
garantir a harmonia de todos os povos, se o Evangelho for vivido dentro
dele. O culto do Evangelho no lar é o primeiro passo para o despertamento
espiritual. Ao nascer, a criança recebe as primeiras sugestões do Amor
através dos ensinamentos do Cristo, e essa criança vai crescendo envolvida
na dignidade e no dever, no amor de uns para com os outros, dedicando-se à
caridade por onde passar. Encontraremos, então, uma juventude esclarecida,
com uma visão maior do futuro. E neste regime poderá aparecer o novo homem
na Terra, o homem de luz, que desconhece as trevas. As escolas que o
orientam são escolas de paz.
Depois que a Terra for transformada na esperada terra da
promissão, não haverá mais guerras, nem fome, peste ou
contradições entre os homens. Tudo será harmonia. A humanidade,
desfrutando a felicidade, perderá essa ansiedade de querer saber o
impossível. Somente desejará o que a própria evolução comportar. E o homem
verdadeiro começará a surgir, desde essa época, na Terra.
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