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O SOFRIMENTO DOS ESPÍRITOS
O sofrimento dos Espíritos inferiores consistem nas conseqüências do
desrespeito às leis naturais, aquelas que marcam a harmonia da criação.
Assim, elas são variáveis.
Somente depois da vivência, pelos canais da dor, é que as almas despertam
no rigor dos padecimentos, reconhecendo que a obediência ser-lhes-á o
melhor caminho na conquista da sua paz de consciência. Deus, sendo
onisciente, fez todos os Espíritos assim, sabendo que iríamos passar por
esses caminhos, para o devido aprendizado.
Os Espírito puros não sofrem; somente têm alegrias das mais apuradas,
nascidas da vivência nas diretrizes que o Criador traçou para a felicidade
de todas as criaturas.
A vinda de Jesus Cristo foi um ato de misericórdia de Deus para a
humanidade. Ele trouxe e entregou a todos os povos o seu Evangelho, força
educadora em todos os rumos, e o mundo já conhece de sobra a sua eficácia.
Os Espíritos Superiores são reconhecidos como tais, pelo seu procedimento
ante a vida. Eles têm maturidade, e para chegar onde se encontram, somente
o fazem pelas vias do tempo, qual a massa para fazer o pão: é necessário
tempo para a fermentação indispensável.
Que fazer com os Espíritos inferiores nos seus sofrimentos? Trabalhar com
esses irmãos com paciência, orando por eles e dando-lhes exemplos de fé,
de confiança, de solidariedade e amor. Por que tolerar? Porque os
benfeitores espirituais que os assistem passaram pelos mesmos caminhos.
A inferioridade induz os Espíritos inferiores às paixões desregradas, ao
ciúme, ao egoísmo, ao orgulho, à violência, enfim, a ignorância é filha da
infância espiritual, capaz de levar a alma aos maiores sofrimentos.
As almas são torturadas pelo que ainda não adquiriram, do modo que os
Espíritos Superiores conquistaram, no entanto, isso tudo passa, e o amanhã
nos mostrará que, sendo todos filhos de Deus, Ele não nos deixa órfãos.
Somos todos herdeiros da divina felicidade. A consciência, com o tempo,
torna-se um celeiro de paz que nunca se perturba.
Deus fez as consciências para servirem de Sua morada, e Cristo não deixa
de aparecer por lá, como sol, na obediência ao Criador.
E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo; porque diz: o
velho é excelente. (Lucas, 5:39)
O Espírito amadurecido pelo tempo, tem em seu celeiro de conhecimentos o
vinho divino. As suas experiências são as verdadeiras, e quem as escuta
não dá ouvidos aos Espíritos equivocados. Todos nós buscamos a palavra de
Jesus, porque o Seu Evangelho é fonte de luz, é vinho de Deus na
excelência do seu paladar. Quantos falsos Cristos já surgiram, e quantos
deverão surgir? No entanto, isso é para conferir o verdadeiro, pelo
paladar do seu vinho inigualável; quem já sorveu dele, nunca mais buscará
outro.
O sofrimento dos Espíritos inferiores é falta de despertamento espiritual.
Eles não sabem o que fazem; quando souberem, cessará a dor por falta da
ignorância que a gera.
Os Espíritos desencarnados, qual nós, estamos ligados à humanidade por
laços profundos, à qual somos devedores. Desejamos lutar junto com todas
as criaturas que se encontram na Terra, até vermos e sentirmos o
nascimento de nova Terra e novo Céu, na certeza de que os corações deverão
conhecer e viver o amor para sempre.
É feliz somente aquele que conheceu e vive a verdade.
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