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FELICIDADE DO JUSTO
Os Espíritos inferiores que compreendem a felicidade do justo, certamente
é porque conhecem, na sua profundidade, as leis de Deus. Essa revelação
vai se fazendo para eles gradativamente. Não há violência no aprendizado e
as teorias que chegam a eles são gravadas de maneira suave nas suas
consciências, no entanto, eles não se lembram delas totalmente,que vêm à
tona aos poucos, de acordo com as suas capacidades de assimilação.
Alguns compreendem por que o justo é feliz, e trabalham para. tal
aquisição, pedindo novas voltas ã Terra, no trabalho e na auto-educação
espiritual. Onde quer que o Espírito esteja, na erraticidade, somente a
maturidade pode levá-los à educação das suas faculdades, e essa maturidade
requer a ação indispensável do tempo.
Felicidade não se compra e não se vende; iluminação da alma depende do
despertamento dos valores imortais do Espírito, e o mais grandioso é que
todos são possuidores destes valores. Queiramos ou não, eles, algum dia,
se fazem luz em nosso coração, tranqüilizando nossa consciência. é
importante que tenhamos a certeza de que expiação, provações e outros
termos, qualificados como sofrimentos dos Espíritos, são processos
naturais de despertamento da luz na intimidade de cada um e depois de
vencidos, acendem a luz no coração e tranqüilizam o mundo da consciência.
Os reinos da natureza passam por transformações que, de certa forma, se
traduzem por sofrimento. A matéria bruta, para ser transformada em peças
valiosas, passa por processos de agressões incontáveis, e quem pode dizer
que não haja sofrimento em outra dimensão de vida? Tudo não passa de
caminhos traçados pela Divindade.
Se o homem de hoje entra por caminhos errados, é para aprender amanhã o
certo. Sofrendo as suas conseqüências, as lições ficarão mais gravadas na
sua sensibilidade. Se deseja crescer, deve subir, e toda subida exige
esforços e sacrifícios permanentes.
Diante de Jesus, já crucificado, os fariseus, em sua ignorância, diziam:
Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de
Israel, desça da cruz, e creremos nele, (Mateus, 27:42)
Não sabiam eles que a cruz era o ponto final de Sua majestosa lição para a
humanidade, entregando-se para salvar a muitos. Depois da cruz, Ele
cumpriu Sua promessa de que voltaria, e voltou, matando a morte e
apresentando-se na Sua glória, provando que a vida continua.
A cruz é o processo de despertamento para a vida, e cada um de nós temos
de tomar a nossa cruz, pois ela é a força que ilumina a consciência. Os
Espíritos inferiores, nossos irmãos que merecem a nossa maior atenção,
esperam de nós o exemplo de vida reta, a ajuda nos seus caminhos difíceis,
para subirem com o peso do madeiro das suas próprias lutas.
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