FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XX

 

Questão 975 comentada

CAPÍTULO 06

0975/LE

FELICIDADE DO JUSTO

 

Os Espíritos inferiores que compreendem a felicidade do justo, certamente é porque conhecem, na sua profundidade, as leis de Deus. Essa revelação vai se fazendo para eles gradativamente. Não há violência no aprendizado e as teorias que chegam a eles são gravadas de maneira suave nas suas consciências, no entanto, eles não se lembram delas totalmente,que vêm à tona aos poucos, de acordo com as suas capacidades de assimilação.

Alguns compreendem por que o justo é feliz, e trabalham para. tal aquisição, pedindo novas voltas ã Terra, no trabalho e na auto-educação espiritual. Onde quer que o Espírito esteja, na erraticidade, somente a maturidade pode levá-los à educação das suas faculdades, e essa maturidade requer a ação indispensável do tempo.

Felicidade não se compra e não se vende; iluminação da alma depende do despertamento dos valores imortais do Espírito, e o mais grandioso é que todos são possuidores destes valores. Queiramos ou não, eles, algum dia, se fazem luz em nosso coração, tranqüilizando nossa consciência. é importante que tenhamos a certeza de que expiação, provações e outros termos, qualificados como sofrimentos dos Espíritos, são processos naturais de despertamento da luz na intimidade de cada um e depois de vencidos, acendem a luz no coração e tranqüilizam o mundo da consciência.

Os reinos da natureza passam por transformações que, de certa forma, se traduzem por sofrimento. A matéria bruta, para ser transformada em peças valiosas, passa por processos de agressões incontáveis, e quem pode dizer que não haja sofrimento em outra dimensão de vida? Tudo não passa de caminhos traçados pela Divindade.

Se o homem de hoje entra por caminhos errados, é para aprender amanhã o certo. Sofrendo as suas conseqüências, as lições ficarão mais gravadas na sua sensibilidade. Se deseja crescer, deve subir, e toda subida exige esforços e sacrifícios permanentes.

Diante de Jesus, já crucificado, os fariseus, em sua ignorância, diziam:

Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, desça da cruz, e creremos nele, (Mateus, 27:42)

Não sabiam eles que a cruz era o ponto final de Sua majestosa lição para a humanidade, entregando-se para salvar a muitos. Depois da cruz, Ele cumpriu Sua promessa de que voltaria, e voltou, matando a morte e apresentando-se na Sua glória, provando que a vida continua.

A cruz é o processo de despertamento para a vida, e cada um de nós temos de tomar a nossa cruz, pois ela é a força que ilumina a consciência. Os Espíritos inferiores, nossos irmãos que merecem a nossa maior atenção, esperam de nós o exemplo de vida reta, a ajuda nos seus caminhos difíceis, para subirem com o peso do madeiro das suas próprias lutas.

 

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