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HOMEM ESTACIONÁRIO
O homem, no seu primitivismo, muitas vezes não faz o mal por não ter
condições de fazê-lo, porém não faz o bem nas condições que o civilizado
reconhece, nas linhas do seu despertamento espiritual. No entanto, ele
está no caminho. A Força Soberana se encarrega de ir acordando-o aos
poucos, porque as leis de Deus a ninguém violentam.
Como nada pára na vida, entendemos que não se dá com o homem um
"estacionar" no sentido comum do termo. O movimento é lei natural na
criação de Deus e podemos entender que estacionar é marchar devagarinho, e
não parar efetivamente, voltando o Espírito para o plano de onde saiu pior
do que quando chegou ou, então, do mesmo nível espiritual. Isso nunca
acontece entre as almas. Sempre aprendemos alguma coisa, seja como for a
reencarnação que tivermos na Terra, ou mesmo em outros mundos.
Assim acontece, principalmente, com o Espírito que já apresenta algumas
faculdades em crescimento. Ele cresce todos os dias e se erra, no dizer
dos homens, ainda assim ele está colhendo experiências. Entretanto, não
regride, nem estaciona, mas se encontra como a massa do pão antes de ser
levada ao forno, fermentando para ser assada. E se está fermentando, não
se encontra inativa, embora digamos que está "descansando".
Todos nós devemos colocar em funcionamento a razão em tudo que lemos. A
razão sábia nos induz a pesquisar, para buscar, dialogar, sem esquecer a
oração no sentido de acertar. Quando a sinceridade nos envolve, sempre
acertamos o caminho. Ao homem que não faz o mal e não se preocupar com o
bem, falta-lhe alguma coisa a despertar no coração, porque a tendência da
alma que conhece o amor, que conhece a Jesus e respeita as leis de Deus, é
trilhar nos caminhos da luz, é viver, ou começar a viver, o amor e a
caridade.
O que sucede ao homem que em uma existência não se interessou pelo
próximo, que descuidou da sua própria evolução espiritual? Obviamente,
terá que voltar em outras reencarnações, a fim de acelerar o seu
progresso. E isso acontece, queira ou não o Espírito, porque todos temos
como origem a mesma fonte divina e, se todos somos iguais, temos a mesma
destinação. Quase sempre, esse homem que não se interessa pelo bem-estar
da coletividade e o seu próprio adiantamento, é o rico, apegado ao
conforto material. Observemos o que Tiago registrou:
E o rico glorie-se na sua insignificância, porque ele passará como a
flor da erva. (Tiago, 1:10)
O conforto faz esquecer que a vida na carne é breve, e que tudo pode
mudar. No entanto, uma existência, mesmo a de quem não se interessa pelas
coisas do Espírito, tem utilidade, e a alma, ainda que lentamente, ascende
um pouco na sua evolução. Voltamos a afirmar que na natureza nada há
inútil. A cada passo, cada dia, minutos e segundos, estás te libertado da
influência do mal, porque na carne estás sempre recebendo lições e
entrando em processos de maturidade, até chegar o dia do afloramento dos
valores espirituais.
É importante saber que Deus é amor e que Jesus nunca desampara Suas
ovelhas. Ele é o Pastor generoso e santo.
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