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AÇÃO E REAÇÃO
Já falamos sobre o destino daqueles que fazem os outros sofrer, com as
suas ações indesejáveis, ou suas línguas ferinas. Assim como há muitas
modalidades de fazer o bem, existem, na mesma proporção, as de fazer o
mal. São dois caminhos diante da alma, para a sua escolha pessoal.
A Doutrina dos Espíritos, com os seus conceitos de luz, ajuda as criaturas
a compreenderem os melhores caminhos, os melhores meios de viver. A
justiça divina não dorme e se encontra sempre alerta para dar às pessoas e
aos Espíritos o que eles merecem, na pauta das suas ações. Se não fora
assim, como seria Deus?
Aos leitores desses escritos, advertimos que devem trabalhar na intimidade
do coração, no sentido de despertar dentro de si a razão apurada e
sentimentos elevados, para saberem escolher com discernimento o que
pensar, falar e agir.
Toda ação gera uma reação compatível. Não deves esquecer disto. Existem
muitos meios de fazer os outros sofrer, no entanto, Deus nos mostra
variadas possibilidades de recuperação. Os esforços neste sentido ainda
são poucos, no entanto, se a perseverança aumentar cada vez mais, os
esforços também aumentarão.
Procura a força do perdão, esquecendo as faltas; procura desculpar a quem
por acaso te ofendeu, para que, em outra reencarnação, não venhas a sofrer
as suas conseqüências. Trabalha na tua área interna e vê se não estás
sendo motivo de escândalo. Logo que descobrires que estás sendo
inoportuno, corrije tuas atitudes, deixando livre aquele que atingiste com
a tua ignorância. As vezes, alguém te julga bom, pelo que pensa de ti; não
envaideças: corrije teus impulsos e não distingas as criaturas porque
gostas delas. Ama a todas com o mesmo interesse de servir. No silêncio dos
teus pensamentos, podes cobiçar as coisas alheias, às vezes tão
fortemente, que podes com isso, usar inconscientemente as forças virgens
que atingem os outros. Não faças isso. "Mão cobiceis as coisas alheias",
nos recomendam os Espíritos tutelares.
Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o
pecado, uma vez consumado, gera a morte. (Tiago, 1:15)
Eis aí o resultado da cobiça, que pode gerar inúmeros meios de fazer
sofrer as pessoas que nos acompanham, e as reações delas geram a morte dos
nossos valores espirituais. Como não existe morte, o tempo e os
sofrimentos fazem renascer em outras oportunidades ensejos de vida, no
meio de duras conseqüências. As pessoas que aparentam ser boas e não o
são, passam mais tarde por decepções enormes, porque ninguém engana a
Deus. Pode-se enganar apenas a si mesmo.
Estamos passando por uma época de despertamento espiritual da humanidade e
as forças espirituais estão usando muitos meios para acordá-la. Neste
mesmo instante, elas mandam o socorro pelos seus agentes de luz. Jesus não
se esquece dos filhos de Deus sob a Sua tutela. E o Evangelho do Mestre,
sendo vivido, ou começado a ser vivido, nos protege de todas as investidas
das trevas. E, ainda mais, nos ensina a amar.
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