FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XX

 

Questão 989 comentada

CAPÍTULO 20

0989/LE

AÇÃO E REAÇÃO

 

Já falamos sobre o destino daqueles que fazem os outros sofrer, com as suas ações indesejáveis, ou suas línguas ferinas. Assim como há muitas modalidades de fazer o bem, existem, na mesma proporção, as de fazer o mal. São dois caminhos diante da alma, para a sua escolha pessoal.

A Doutrina dos Espíritos, com os seus conceitos de luz, ajuda as criaturas a compreenderem os melhores caminhos, os melhores meios de viver. A justiça divina não dorme e se encontra sempre alerta para dar às pessoas e aos Espíritos o que eles merecem, na pauta das suas ações. Se não fora assim, como seria Deus?

Aos leitores desses escritos, advertimos que devem trabalhar na intimidade do coração, no sentido de despertar dentro de si a razão apurada e sentimentos elevados, para saberem escolher com discernimento o que pensar, falar e agir.

Toda ação gera uma reação compatível. Não deves esquecer disto. Existem muitos meios de fazer os outros sofrer, no entanto, Deus nos mostra variadas possibilidades de recuperação. Os esforços neste sentido ainda são poucos, no entanto, se a perseverança aumentar cada vez mais, os esforços também aumentarão.

Procura a força do perdão, esquecendo as faltas; procura desculpar a quem por acaso te ofendeu, para que, em outra reencarnação, não venhas a sofrer as suas conseqüências. Trabalha na tua área interna e vê se não estás sendo motivo de escândalo. Logo que descobrires que estás sendo inoportuno, corrije tuas atitudes, deixando livre aquele que atingiste com a tua ignorância. As vezes, alguém te julga bom, pelo que pensa de ti; não envaideças: corrije teus impulsos e não distingas as criaturas porque gostas delas. Ama a todas com o mesmo interesse de servir. No silêncio dos teus pensamentos, podes cobiçar as coisas alheias, às vezes tão fortemente, que podes com isso, usar inconscientemente as forças virgens que atingem os outros. Não faças isso. "Mão cobiceis as coisas alheias", nos recomendam os Espíritos tutelares.

Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. (Tiago, 1:15)

Eis aí o resultado da cobiça, que pode gerar inúmeros meios de fazer sofrer as pessoas que nos acompanham, e as reações delas geram a morte dos nossos valores espirituais. Como não existe morte, o tempo e os sofrimentos fazem renascer em outras oportunidades ensejos de vida, no meio de duras conseqüências. As pessoas que aparentam ser boas e não o são, passam mais tarde por decepções enormes, porque ninguém engana a Deus. Pode-se enganar apenas a si mesmo.

Estamos passando por uma época de despertamento espiritual da humanidade e as forças espirituais estão usando muitos meios para acordá-la. Neste mesmo instante, elas mandam o socorro pelos seus agentes de luz. Jesus não se esquece dos filhos de Deus sob a Sua tutela. E o Evangelho do Mestre, sendo vivido, ou começado a ser vivido, nos protege de todas as investidas das trevas. E, ainda mais, nos ensina a amar.

 

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