FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XX

 

Questão 993 comentada

CAPÍTULO 24

0993/LE

INSTINTO DO MAL

 

Certamente que existem homens e mesmo Espíritos desencarnados que somente têm instinto do mal. São almas ainda primitivas nos caminhos da vida, pois foram criadas deste modo, simples e ignorantes. Como pode a simplicidade, juntamente com a ignorância, somente fazer o bem e compreender todas as leis de amor feitas por Deus?

Um ignorante é aquele que não sabe, e quem não sabe não pode ser útil, a não ser comandado por quem tem entendimento. Por que é Jesus quem governa o planeta, e não um Espírito ignorante? Certamente, porque Deus é a Inteligência Suprema. Ele sabe que entregando a um Espírito primitivo o governo de um planeta, esse iria fazer coisas desastrosas. Sempre são os que sabem mais que comandam a vida pela inspiração do Senhor, assim no Céu, assim na Terra.

A princípio, todos os Espíritos têm instintos para o mal. Depois, com o correr dos tempos, eles vão aprendendo pela dor que o mal não compensa e passam a fazer o bem. O ódio só perdura por desconhecermos o amor. Envolvidos nas vibrações da fraternidade, é que nunca mais nos lembraremos da discórdia, e o que nos faz aprumar nos caminhos do bem é uma lei valiosa e divina que se chama justiça.

Aquele Espírito que somente tem instintos voltados para o mal, em outra existência irá tê-los para o bem. A lei o força a amoldar-se e a sua purificação é lenta, mas não pára. Se Deus fez assim as almas, á porque deve ser assim. Quem vai discutir com o Criador? Ele, como já o dissemos, não pede opinião aos Seus filhos; Ele faz, por ter consciência da Sua criação.

O Senhor .deseja que todos progridam; essa é a meta da qual não devemos fugir, por ser lei. É para isso que nascemos e renascemos quantas vezes forem necessárias. As diferenças de sofrimentos não têm importância, mas o peso para o despertamento são iguais. Todos deverão ser felizes, porque a felicidade, pode-se dizer, é herança dos filhos.

Temos, no estado em que nos encontramos, que buscar o melhor, e no nosso caso, ante Jesus somos doentes, que partimos a Sua procura, pedindo-Lhe que nos cure.

E eis que um leproso, tendo se aproximado, adorou-o, dizendo:

Senhor, se queres, podes purificar-me. (Mateus, 8:2)

E foi nesta busca que Jesus purificou o leproso, curando-o da sua enfermidade. Devemos fazer o mesmo, procurar a quem pode nos ajudar na nossa purificação, e Ele, o Mestre, já nos deixou a receita para todos os nossos males, o Evangelho.

Quando a consciência nos mostrar uma imperfeição, cuidemos dela, que no trabalho de purificação dos nossos sentimentos mãos invisíveis, cheias de amor, nos ajudarão no exercício da harmonia dos nossos corações e da paz da nossa consciência.

 

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