Prefácio de Bezerra de Menezes - Filosofia Espírita - Volume II

 

Um livro espírita é sempre uma luz que se acende na escuridão da ignorância. É pois, um ato de benevolência, a despertar os homens para a verdade. Estamos na época dos desdobramentos das verdades espirituais, nos quais deve colaborar a mediunidade em exercício: trazer à Terra novas mensagens sobre as coisas do Espírito. Sendo a revelação contínua, por que não falar mais, diante de tantas interrogações que surgem na razão, cada vez mais esclarecida? As alas conservadoras existem em todos os ramos do saber, no entanto, elas não impedem as renovações que aparecem com novas luzes de entendimentos, se fundam, tendo como orientador o Cristo, para que possamos conhecer melhor a Deus.

A Bíblia foi um livro intocável por muito tempo. Só podiam falar dela os sacerdotes e os escolhidos por eles mesmos, porém, o mundo espiritual, não aceitando a incubação das verdades, fez surgir a Reforma, como primeiro passo para tornar livre o sagrado livro de Deus. Custou muitas vidas essa liberdade, mas, quando se trata de ignorância, não existem outros processos; são lobos devorando lobos, para nascer a luz. E hoje temos milhares e milhares de livros inspirados naqueles pergaminhos sagrados, orientando e estimulando a humanidade à paz e ao amor. Mais tarde é que, os que pretenderam libertar a mensagem de Deus, passaram a conduzi-la à sua conveniência interpretativa.

As obras de Allan Kardec não tinham outro caminho que não fosse o progresso. E o tempo, que tem mais força do que todos eles, contribuirá para que a liberdade se faça quando o Senhor achar conveniente. As obras do codificador da Doutrina dos Espíritos não podiam ficar nas mãos dos homens, porque o destino delas não é o monopólio de pessoas, sujeitas à ignorância humana. Elas estão sendo, e continuarão a ser estudadas e assimiladas à luz da razão com beneplácito do progresso espiritual, e somos nós, encarnados e desencarnados, pela graça de Deus e pela bondade de Jesus, que estamos sendo instrumentos dessa continuação das obras basilares do espiritismo. Não estamos subordinados a esse ou aquele medianeiro; servimo-nos do instrumento que o Senhor determinar, em qualquer lugar do país, em qualquer nação do mundo, desde quando esse aparelho mediúnico seja dócil ao chamado para os trabalhos de Nosso Senhor Jesus Cristo, de consolação às criaturas e de instrução para todos os povos.

Estamos confiantes no que já foi feito até agora, e continuamos a confiar, porque o nome já indica: Doutrina dos Espíritos. Dispensa favores de quem quer que seja, esse movimento doutrinário. Quem a ele se integra é que se beneficia através da paridade universal das mãos de Deus, sob as bênçãos do Cristo.

O livro que ora apresentamos - da lavra de nosso companheiro Miramez - o segundo da série de muitos outros que deverão vir, mostra e comenta com muita simplicidade as perguntas e respostas de "O LIVRO DOS ESPÍRITOS", ajudando assim, aos iniciantes, a entenderem melhor a obra básica desta maravilhosa Doutrina, que estabelece seus alicerces no Evangelho do Divino Mestre. Abre, meu irmão, O Livro dos Espíritos, e lê a sua mensagem, para que a tua mente busque mais além o que as bênçãos do progresso te favorecem. Este livro é uma forma de caridade para os corações famintos de luz.

Bezerra

Belo Horizonte, 16 de dezembro de 1983.

 

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