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FONTE UNIVERSAL
Somos todos filhos do mesmo Pai, Deus, única força reconhecidamente livre
e poderosa, que criou e assiste todas as coisas geradas no Seu seio.
Ninguém vive à parte do Criador.
Se, porventura, alguma alma fosse desligada da fonte universal, ela
pereceria, porque vivemos e nos alimentamos nela. As variações de raças
que existem não impedem a nossa irmandade e nos favorecem numa tônica
altamente grandiosa, por constatarmos a grande inteligência d'Aquele que
nos fez.
Todos os homens são irmãos em Deus, certamente que o somos, e são esses
laços de originalidade que nos levam a amar aos nossos semelhantes, depois
que o nosso amor já provou a gratidão ao nosso Pai que está nos céus. Além
da afinidade profunda com os nossos semelhantes, a palavra irmão não se
aplica somente no reino dos homens; ela avança e domina todos os reinos da
natureza, naquele aconchego eterno, porque entre os homens e eles se
processa uma troca interminável de valores, que amplia cada vez mais as
forças que nos sustentam a todos. E saindo da faixa em que vivem, os
homens podem regalar-se, por serem, igualmente irmãos dos anjos, agentes
divinos do Senhor, que trabalham e alimentam a vida em todas as direções
do infinito.
A humanidade atual está ansiosa para conhecer o desconhecido. Na verdade,
terá sempre o desconhecido pela frente, porém, devemos trabalhar para
desvendar os segredos da Divindade, sem deixar a porta de entrada mais
próxima e verdadeira, para buscar entradas distantes e ilusórias. A
ciência exterior é de grande valor e deve ser pesquisada, mas, a porta de
ouro por onde deves entrar, na senda da busca, não está fora, mas dentro
de cada criatura; não está longe, mas ao toque das mãos. Deus colocou a g
ema da vida vibrando em cada criatura, com a perfeição das Suas próprias
mãos; nunca fez algo imperfeito, por ser Deus.
Todas as divisões que existem na casa maior partem da mesma fonte,
nasceram de um só elemento primitivo, que o cinetismo cósmico faz
transformar em espécies diferentes, para que o belo se expresse com todo
vigor, em nuances indescritíveis, na lavoura do Senhor. Eis aí a igualdade
de tudo que vive e se manifesta no universo. No esquema divino ninguém
está perto ou longe; todos estamos na eternidade juntos, vivendo e
desfrutando da vida do grande Foco Universal, como filhos da Luz.
A lei de amor nos prova o quanto temos em comum com os nossos semelhantes,
como as necessidades que temos das vidas dos outros, na Terra e nos Céus.
Onde se vive melhor é onde existem mais Espíritos reunidos e despertos
para o bem da coletividade. A separação nos traz a carência de muitos
valores e o egoísmo nos atrofia, o orgulho nos cega, e o ódio nos faz
esquecer a esperança no futuro. Precisamos e temos necessidade de viver
juntos, e desse encontro com os nossos semelhantes, se processa uma troca
de experiência, que abre nossos caminhos ao alcance da paz. Somente a
ignorância induz a criatura à separação.
A vida exterior é de grande importância para todos nós, onde quer que
estejamos na escala de ascensão, todavia, se não passarmos pelos caminhos
interiores, cheios de obstáculos e carregados de espinhos, não vamos ter
olhos para ver o belo na feição do todo. Devemos repetir, quantas vezes
nos convier, que todos somos irmãos em Cristo, filhos de Deus.
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