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MÁQUINA DIVINA
O coração é uma máquina divina, que corresponde às exigências dos dois
planos da vida. Ele é um músculo cuja sensibilidade ultrapassa todas as
deduções da ciência humana, porque atinge a ciência espiritual. Todos os
órgãos são sensíveis ao carinho. Esse fato foi comprovado por muitas
experiências; no entanto, o coração é muito mais que todos eles, acudindo
ao pedido da mente com imediata presteza, principalmente quando se fala a
ele com afeto, porque o amor faz mudar o seu próprio ritmo.
O centro de força cardíaco é responsável pela vida desse órgão sublimado,
onde o Espírito repousa parte de suas forças, as quais são transformadas
em sentimentos, que o Cristo tenta educar na Sua profunda sabedoria. A
vida é engenhosa, na engenhosidade do amor de Deus que nos cerca e nós
somos eternos alunos na escola universal do nosso Pai que está nos céus.
Certamente que o coração não é o único órgão vital, pois ele faz parte de
um conjunto para que a vida humana se expresse, servindo ao Espírito para
que este cresça diante do Senhor. No entanto, pode se dizer, em se
tratando das coisas materiais, que o coração é a sede do amor, de sorte a
se manifestar para todo o corpo. Todos os órgãos vivem em harmonia,
sustentados por fios invisíveis do amor que parte desse fulcro de luz.
A ciência oficial na Terra tem muito a aprender sobre esse assunto, e os
terapeutas do mundo deveriam procurar se instruir na filosofia do amor,
como coadjuvante divino, para a cura de todos os enfermos. Mesmo os
animais irracionais, como tudo o que existe, respondem ao carinho com
trocas indescritíveis, no regime dessa virtude incomparável.
O coração do feto começa a bater no ritmo do universo, com apenas quase
três semanas de vida, pelo impulso da força vital que acorda o micro-homem
para uma vida na dimensão física. É a luz que se acende nas entranhas da
mãe, peio amor de Deus, usando os recursos do chacra em movimento.
Devemos, de vez em quando, conversar com o nosso coração, da maneira que
Jesus ensinou quando instruía Seus discípulos, para orarem sem parecer
escândalo diante dos outros. Ele sente o que falamos mas, antes, eduquemos
a voz e aprendamos a conversar com amor. Devemos entender que os nossos
atos de cada dia são preces ao coração, como a todos os nossos órgãos,
todo o nosso corpo, que nos atendem no momento ou depois. Jesus foi e é o
educador por excelência, de quem herdamos as maiores lições para que
possamos viver em paz com nós mesmos, respeitando aos outros nossos irmãos
em caminho.
A ciência chegou ao ponto de trocar órgãos. Louvamos com carinho esse
esforço dos homens, todavia, o futuro nos irá ensinar que devemos trocar o
modo de vida anti-natural que o homem civilizado engendrou na ilusão de
longevidade. A sabedoria somente nos traz felicidade quando acompanhada da
educação. O corpo humano é um complexo que só fica bem quando está em
harmonia com a criação universal, e o Evangelho nos ensina a retomar às
coisas naturais, distribuindo para todos nós um conjunto de virtudes,
filhas do amor, como caminhos para a felicidade e para a saúde do corpo e
da alma.
Ninguém foi feito para viver doente; nada foi feito para viver
desajustado; tudo está pronto para que aprendamos; a nossa felicidade
agora depende de nós, porque Deus e Cristo já fizeram a maior parte em
nosso favor. A escola e o Mestre andam conosco, onde quer que andemos, a
luz está acesa desde o princípio, esperando que abramos os olhos para
iluminar a máquina divina que trabalha em nosso peito, que é o coração.
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