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MATÉRIA E FORÇA VITAL
Quando cessa a vida nos seres orgânicos, a matéria se decompõe, por força
de determinadas leis que a sustentam e regulam. O princípio vital na
criação move os canais de circulação no corpo, deixa-o, após um tempo,
retornando à sua fonte e volta a circular no universo em todas as
direções, em movimentos sublimados na ordenação da vida.
Essa energia divina dá entrada no embrião humano, com duas semanas e meia,
pelo ajustamento do chacra cardíaco do perispírito, ao corpo em formação.
Daí é que começa o primeiro impulso do coração, em movimento, mesmo
disforme, para a circulação interna do sangue, abrangendo o cordão
umbilical e a placenta. O tamanho do coração que começou a pulsar é muitas
vezes maior, em proporção ao do adulto, porque é uma bomba para irrigação
de três áreas.
Essa força vital é inquietante. Ela se esgota por meios diversos mas, se
abastece por variadas forMas que devemos estudar e compreender. Assim como
os pulmões extraem o oxigênio do ar para purificação do sangue, aliviando
a tensão do cérebro para equilíbrio do corpo, os centros de força extraem
do mesmo ar, e fora dele, o hálito divino, na divina seqüência dos seus
movimentos, abastecendo de força vital a forma física, para que ela
continue com os seus movimentos instintivos e as suas defesas naturais, no
regime de vida que deve levar. O homem ainda tem outra fonte dessa bênção
de Deus, que são os alimentos. Eles, bem triturados, deixam escapar da sua
estrutura intrínseca essa força poderosa que, restaura quase todos os
desequilíbrios físicos, de órgãos por vezes em decadência. E, ainda mais,
a mente não deixa de ser um fator muito importante neste trabalho, quando
ela é educada nos moldes que a ciência do Espírito estabelece, reforçado
no Evangelho de Jesus.
Compete a cada um de nós saber, para viver melhor. Nunca faltaram escolas
de aprendizado, porém, o que falta sempre é boa vontade para aprender. O
agente vital sensibiliza o corpo para que o Espírito possa manejá-lo de
acordo com as suas necessidades, assim como a eletricidade o faz com um
aparelho, colocando-o em movimento sob a vigilância do homem. Para cada
ser humano há uma cota de energia vital, que pode ser diminuída ou
aumentada, de acordo com a capacidade de cada um. A morte do corpo é,
pois, a ausência dessa força. Nunca poderemos determinar linhas nem
analisar meios, sem variantes. Há casos que contrariam as próprias leis
por nós entendidas, dos quais destacamos as provações da alma. No processo
reencarnatório, o perispírito traz marcas, como no caso das doenças, que
podem se esgotar, de acordo com as provações, a força vital, para que a
lei divina esteja à disposição da justiça. E o reparo dessa energia nesse
caso tomar-se-á difícil, mas, também nunca impossível, em se tratando de
Espírito dotado de muita boa vontade na conquista de si mesmo. Este é um
tema que nos fascina, pelo seu engenhoso descortino, de dar somente a quem
merece, e os merecimentos se abrem em todas as direções do viver; sobre
ele poderíamos escrever um livro sem fugir do mesmo assunto.
Na vida, nada se perde; a própria matéria tem o condão maravilhoso das
mutações. A força vital é o beijo da luz em seu cinetismo permanente, e o
Espírito é o amor de Deus, como atributo do Seu coração para os corações
de Seus filhos, mostrando-lhes os caminhos que levam à felicidade.
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