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A INTELIGÊNCIA DO HOMEM
Quando falamos da inteligência do homem, estamos nos referindo,
certamente, ao ser pensante. A nossa inteligência, de certa forma, está
ligada à Inteligência Suprema, na qualidade de sua filha do coração, sem
contudo ser uma fração dessa, mas, criação da grande potência universal.
Ainda escapam para nós outros os processos naturais da formação da mônada
espiritual. Os detalhes pertencem à excogitação do tempo, pelos canais do
espaço. A verdade é disseminada para todos e para cada um, na própria
dimensão em que vive. Não há violência para nenhum reino de vida.
O Criador dispõe de Sua sabedoria soberana, de forma a nos conduzir para
os nossos irmãos menores, no sentido de que eles possam aprender conosco
e, ao mesmo tempo, nos leva para os instrutores maiores, de modo a
aprendermos com eles. As experiências são cambiáveis por lei de
compensação e por lei de amor, e nessa escola divina nasce a fraternidade
entre as criaturas. A fonte da nossa inteligência é Deus, mas não como
sendo uma parte da inteligência divina, mostrando assim que não há
enfraquecimento do Supremo Comando ao nos criar. A criação é uma ciência,
ou, se podemos dizer, uma receita que não foi ensinada aos co-criadores. A
inteligência da alma é mais ou menos livre, na extensão dos seus
inumeráveis caminhos, para usar, dentro do seu âmbito de liberdade, a sua
própria liberdade de pensar e de agir no mecanismo da vida. A nossa mente,
de encarnados e desencarnados, absorve coisas no ambiente em que vive. Ela
pode assimilar, registrando ideias alheias; ela está sujeita ao
condicionamento do que vê e ouve. No entanto, tudo isso tem um limite que
as leis de Deus não esquecem, e agem pelos engenhosos processos da
consciência de, com o tempo, selecionar o que ouve e o que vê: é a
presença de Deus em nós, pelos meios que muitos desconhecem, mas que
constitui uma verdade. O futuro irá nos mostrar coisas incríveis e
inimagináveis em relação aos nossos dons.
Sempre falamos na evolução dos Espíritos; empregamos alhures esse termo;
no entanto, na verdade existe um despertamento de nossas qualidades, por
já sermos perfeitos dentro da perfeição do Absoluto. Estamos acordando e
vamos continuar a acordar gradativamente. Em comparação com os anjos somos
mortos, ou, se quisermos dizer, estamos dormindo.
A inteligência, onde gera a razão nos proporciona a individualidade.
Podemos pensar e fazer o que nos convém, sendo que a lei nos faz responder
pelos nossos atos. O plantio está na nossa liberdade, porém a colheita é
obrigatória, para nos ensinar a sermos bons semeadores. Não absorves a
inteligência, da maneira que absorves o oxigênio na atmosfera em que
vives, e nós, o hálito divino na condição de desencarnados. Não. Quando
surgimos das mãos santificantes de Deus, trazemos dentro de nós, como
herança divina, todas as qualidades da perfeição, que acordam de passo a
passo, que desabrocham de primavera a primavera, sob o comando do próprio
Criador, por intermédio, no nosso caso na Terra, de Jesus Cristo.
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