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O ENVOLTÓRIO DO ESPÍRITO
O hálito divino sai de Deus na sua unidade perfeita, contudo, ao situar-se
no universo como fluido cósmico, toma características diferentes, em
mutações diversas, de acordo com o ambiente onde vai prestar serviço, pela
vontade do Senhor . Em cada mundo, o magnetismo que envolve os Espíritos é
diferente um do outro, considerando a evolução dos povos que o habita. Os
fluidos são correspondentes à escala evolutiva dessa mesma humanidade.
Eles se mudam um pouco, até de país para país, na própria Terra.
Verdadeiramente, podemos afirmar que se muda o campo fluídico de pessoa
para pessoa. E é sobre essas mudanças que queremos conversar, no que tange
ao envoltório do Espírito.
Há muitos Espíritos que vêm à Terra em trabalhos assistenciais, entidades
de muita elevação, que, ao chegarem no nosso mundo, mudam de roupagem
fluídica, para suportarem o ambiente que acolheram para trabalhar, como
acontece com quem sai de um lugar muito quente para uma região fria;
necessariamente começa a usar as roupas do ambiente em que vai permanecer.
O perispírito é, pois, uma roupa do Espírito, trocável, igual às roupas
humanas, diferenciando-se das vestes terrenas pela sua estrutura, na
capacidade de assimilar e de obedecer à vontade do Espírito. Em comparação
às da Terra, tem uma natureza divina.
O perispírito é o condutor dos centros de força, capaz de obedecer
fielmente à engrenagem da alma que ainda está escondida nos segredos da
vida, e que faz uma ligação perfeita com as glândulas endócrinas do corpo
físico, e dessa harmonia é que teremos e desfrutaremos dos princípios da
felicidade.
O magnetismo que reveste um planeta habitado evolui com a evolução dos
Espíritos ali estagiados. Tudo se depura pela força do progresso,
obediente ao tempo e às bênçãos de Deus. Em um mundo inferior onde existem
Espíritos primitivos, certamente os fluidos que o cercam são de natureza
pesada, compatível com os seus habitantes.
Qualquer Espírito de natureza superior que tiver de reencarnar neste
mundo, haverá de trocar as suas vestes de luz por outras mais densas,
evitando, assim, o impacto mais forte da luz com as trevas, sem a
necessidade de sofrimentos, que podem ser evitados. Certamente que uma
alma evoluída, ao trocar suas vestes de luz por outra mais grosseira,
renuncia, porque passa a sofrer uma agressão do próprio ambiente que
aceitou como moradia. No entanto, a sua capacidade de amor ultrapassa
todas as investidas do que chamamos de trevas.
O mesmo não ocorre com os Espíritos primitivos, que não suportariam viver
em mundos altamente evoluídos: perderiam a razão e de nada serviriam suas
estadas nesses mundos. Seriam inúteis todos os esforços para as
reencarnações destes Espíritos em mundos superiores.
Podemos, com isso, imaginar o quanto sofreu Jesus no ambiente da Terra. A
cruz é um traço sem importância na Sua vida na Terra, em se falando de
sofrimento. O que mais Lhe causava inquietação era, certamente, o ambiente
negativo, o magnetismo exsudado do planeta Terra, chegando, em momentos de
oração, a Sua vibração atingir o ápice do que se pode atingir na Terra: e
Ele, aí, transpirou sangue, pela violência do ambiente.
Como se sentiria um homem civilizado, se fosse preciso vestir uma roupa de
couro cru por toda a vida e ainda precisasse exemplificar a vivência do
bem e do amor a todas as criaturas? Vejamos isso, para que possamos sentir
a posição de Jesus, quando veio à Terra nos ensinar!
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