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A ESCALA EVOLUTIVA
Dificilmente podemos traçar uma escala evolutiva para os Espíritos,
encarnados e desencarnados. As linhas divisórias escapam à nossa análise;
entretanto, podemos fazer, como fazem na Terra sobre as classes,
dividindo-as entre alta, média e baixa, sendo, para todas elas, a escala
infinita. Assim como o Espiritismo preocupou-se em se lembrar das escalas
dos Espíritos, outras escolas espiritualistas também fizeram as suas
divisões, da maneira que acharam mais conveniente. No fundo, nada muda
sobre as leis naturais da vida
Para melhor compreendermos o que é um Espírito, ou o que somos, é bom que
nos conscientizemos disso: cada alma se encontra em uma escala diferente.
Nunca dois Espíritos são totalmente iguais, no que concerne à evolução:
sempre existe algum traço de diferença, mesmo entre os que têm perfeita
sintoma espiritual. Os que consideramos Espíritos perfeitos, o são em
relação aos homens e não diante de Deus.
A perfeição universal, a pureza total, somente o a possui, em todas as
suas atribuições, portanto, não temos meios para elaborar uma escala
perfeita dos Espíritos, o que, nos parece, nem Deus a fez. Ele criou as
leis e desde quando passamos a conhecê-las, vamos entendendo o porquê de
todas as coisas do universo.
O que Jesus fala no Evangelho, que mesmo os escolhidos serão enganados, dá
para percebermos o quanto ainda somos inferiores. Somos escolhidos, por
vezes, para determinada tarefa, porém, temos muita ligação nas trevas,
pelo passado ainda próximo ao nosso presente, e é nessa influência que
poderemos ser enganados: não pelos Espíritos inferiores, mas, por nossas
inferioridades, que vibram em nossos caminhos.
A superioridade é demorada e constitui a nossa conquista espiritual. É,
pois, o resultado do esforço individual, de passo a passo, e foi Nosso
Jesus Cristo quem nos ofertou todos os caminhos, nos mostrando a verdade e
a vida, facilitando as nossas escolhas; mas, o trabalho é nosso. Enquanto
necessitarmos de vestir o burel de carne, ainda estaremos longe da
perfeição espiritual. Devemos nos preocupar pouco com a escala a que
pertencemos como Espíritos, mas, dar uma demão à nossa auto-educação em
todos os sentidos, no que tange à moral; todavia, necessário se faz que
entendamos o que seja moral em primeiro lugar, para não cairmos em piores
condições. Se não tivermos estrutura para viver os altos preceitos do
Evangelho, será bem difícil apresentarmo-nos como mestres dos que procuram
aprender.
No mundo físico as divisões das classes são determinadas pelo poder
aquisitivo, e, mesmo assim, dificilmente podes determinar a qual classe
pertencem certas pessoas. No mundo moral, as dificuldades são maiores,
porque sempre escondemos O que de mal fazemos aos nossos irmãos, e
anunciamos com todo vigor algum dever, que não passa mesmo de dever de
cada alma. Deixemos quem quiser julgar a qual classe pertencemos, o que
não nos interessa muito. O que o Cristo nos ensina é escolher a melhor
parte, é trabalhar dentro do nosso mundo íntimo, por saber que o céu está
em nós, bastando encontrá-lo, e se o encontrarmos, certamente vamos
encontrar Deus e Cristo. Cada criatura, se desejar, pode analisar a si
mesma, observando a que faixa pertence na escala espiritual.
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