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VARIAÇÃO NO NÚMERO DE REENCARNAÇÕES
A variação de reencarnações é incontável. Não se pode dizer que cada
Espírito reencarna certa quantidade de vezes, ou, então, que os Espíritos
têm a mesma quantidade de reencarnações. Uns reencarnam menos, outros mais
vezes, dependendo do aproveitamento de cada Espírito. Isso, porém, não os
torna diferentes na sua estrutura de valores. As diferenças se encontram
no modo de ser nas suas escolhas de vida, mas não se pode esquecer que
todos são filhos de Deus, feitos pelo mesmo amor.
Uma alma, por ter tido muitas reencarnações a mais do que outras, não foi
mais nem menos feliz na sua jornada de despertamento espiritual; os
Espíritos são compensados de forma que não se compreende de pronto, porque
todos os caminhos são escolas onde ensinam com muito proveito os mestres
da natureza. Não existe infelicidade eterna. A onisciência de Deus não
iria deixar que alguns dos Espíritos fossem criados com deficiências, para
tomar rumos diferentes do Bem e do Amor. As diferenças são simples traços
do toque da liberdade, querendo o Senhor dotar Seus filhos de maiores
amplitudes no campo da libertação espiritual.
Recordando a fala de Jesus, podemos repetir que o céu se encontra em todo
lugar. Basta querermos nele viver. O céu está dentro de nós, e fora de
nós, não havendo lugar determinado onde possamos comprá-lo ou vendê-lo. É
conquista nossa, na qual uma grande parcela já nos foi e continuará sendo
facilitada por Deus.
Diz o “Livro dos Espíritos” que o progresso é quase infinito. Muitos
ignoram essa fala, dizendo que é infinito porque a alma não pode chegar
até Deus, com os atributos de Deus. No entanto, quem diz isso não sabe o
que significa progresso no mundo dos Espíritos. Esse progresso perde seu
significado vulgar e alcança outra dimensão, para que a alma se renove no
crescimento de outros valores. A razão do homem, que representa grande
conquista do Espírito, se perde no crescimento da alma e se transforma,
buscando outra dimensão de sensibilidades, qual o instinto animal que
mudou para o raciocínio.
É, pois, a lei da evolução. Quando falamos em eternidade, podemos dizer
que existem muitas eternidades. O próprio amor que se conhece na Terra não
é o amor verdadeiro, nem a caridade, nem o perdão; tudo isso sofre
modulações com o progresso da alma. Estamos, pois, sujeitos às mudanças
eternas na nossa ascensão para Deus. Na verdade, reafirmamos, a quantidade
de reencarnações varia de alma para alma, sem que seja pior do que a
outra. Meditemos nisso.
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