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GRADATIVIDADE
Existem os degraus, como sendo escala de ascensão, para todos os Espíritos
no universo de Deus. Ninguém pode, e a razão não ensina o contrário, em
somente uma existência, aperfeiçoar-se em todos os rumos. São necessários
milhares e milhares delas, com acertos e desacertos, aprendendo e colhendo
experiências para o grande celeiro da vida.
Em uma só encarnação, a alma não tem condições de alcançar a perfeição.
Seria um contra-senso, uns passarem por caminhos tortuosos, sofrendo e
disciplinando-se, e outros tomarem uma evolução reta e com poucos anos
atingirem a angelitude. A evolução, ou o despertamento do Espírito, se
processa de letra a letra, de passo a passo, de reencarnação a
reencarnação.
Não haveria mérito algum para o Espírito se Deus já o fizesse em seu
completo despertamento espiritual. Certamente que ele nos fez simples e
ignorantes, contudo, os valores que carregamos desde a nossa formação se
encontram em estado de sono, uns mais e outros menos, de acordo com a
evolução de cada um. O Espírito mais velho, logicamente, tem mais
experiência do que o mais novo, mas, todos têm as mesmas oportunidades de
ascender para o infinito. A casa do Pai é grandiosa, e acolhe todos os
filhos, dando a cada qual o que ele merece na pauta do seu despertamento
espiritual.
O estudante da Doutrina dos Espíritos deve orar, meditar nas leis
espirituais que, gradativamente, vão trazendo ao seu conhecimento os
segredos da vida, e quando passa a conhecê-los, a liberdade vai chegando
em seu coração.
Na nossa caminhada espiritual existe algo que deve ser feito por nós, e às
vezes esse algo nos pede esforço e sacrifício, renúncia e coragem para
vencer problemas inúmeros. A nossa tarefa é lutar, lutar todos os dias,
porque toda a luz nasce do movimento e a inércia é a treva no caminho.
Tudo que se faz bem feito, parte de um princípio: gradatividade.
Se queres fazer as coisas de uma só vez, sem obedecer à seqüência
estipulada pela harmonia divina, nada fazes bem. Até a criação de Deus, na
sua grandiosidade, rompe em harmonia e dentro da Sua criatividade, Ele
trabalha sempre e nada faz de uma vez. Nada se faz, tornamos a repetir,
com passe de mágica; mesmo a nossa cooperação, naquilo que devemos
cooperar, deve ser feita de acordo com as nossas forças, e o Senhor não
nos pede mais, somente o que suportamos em caminho, porém, não devemos
fazer menos do que podemos fazer.
O Espírito, desde a sua gênese, vem se despertando lentamente pelos
processos estabelecidos pela lei do progresso e, quando chega a razão,
aparece a sua parte a ser feita, e que ele deve fazer no âmbito das suas
possibilidades. Deus criou a vida e leis para serem obedecidas; Deus criou
os mundos e leis que os governam, assegurando a harmonia universal.
Lembremo-nos todos os dias da gradatividade; nunca parar, mas jamais
crescer desordenadamente, sem as possíveis seguranças, como viajores de
Deus e de Cristo.
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